Falta de mão de obra para análise de patentes atrasa inovação no Brasil

Reportagem publicada pelo Valor Econômico analisa ritmo da inovação no país

De acordo com um estudo realizado pelo professor Antônio Márcio Buainain, da Unicamp, a falta de mão de obra do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) é a principal causa na demora da aprovação de patentes no Brasil.

Mais de 208 mil pedidos de patentes estiveram na fila para análise no último ano. Em 2014, haviam 1.042 pedidos de patentes por analisador do Instituto. A taxa é alta se comparada aos padrões internacionais naquele ano: 66,7 nos EUA, 93,8 na Europa, 109,7 no Japão e 210,5 na Coreia do Sul. A relação entre o número de pedidos e de analisadores reflete no tempo de análise das solicitações que, enquanto no Japão levam em média 1,3 ano, no Brasil, o tempo de espera é de 10,2 anos.

Na tentativa de reverter o quadro, o INPI vem apostando em estabelecimento de metas, contratação de funcionários, uso de tecnologias mais recentes e convênios com órgãos internacionais. Após as medidas, foi possível dobrar o número de concessão de patentes para 5.450 em 2017.

Leia mais: Valor Econômico


V.C. / L.L.