A criação de vouchers para a saúde e educação não garante economia para o governo nem melhoria nos índices nessas áreas, conclui o jornal Folha de São Paulo em matéria sobre o tema. A proposta defendida pelo ministro da Economia Paulo Guedes prevê vales fornecidos pelo Estado à população, a serem usados no pagamento de serviços de educação e saúde à iniciativa privada. Neste sistema a estrutura pública não seria mais ofertada pelo governo. Guedes não apresentou um plano de aplicação para o modelo nem datas para sua implementação. O Ministério da Saúde diz desconhecer a proposta.
Desde 1980, os vouchers para educação são usados no Chile, país que tem os melhores índices da América Latina no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). Mesmo com bons resultados, a desigualdade aumentou entre os estudantes chilenos. As escolas particulares do Chile podem escolher quem querem atender. Nos Estados Unidos, onde 17 dos 50 estados utilizam os vales para o acesso às instituições de ensino, pesquisas acadêmicas não mostram um ganho efetivo com utilização do sistema.
C.D / L.L