O general cearense Francisco Mamede de Brito Filho foi escolhido para ser chefe de gabinete do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão que faz parte do MEC. O Inep, entre outras atribuições, é a instituição responsável por preparar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A chefia de gabinete, agora ocupada por Brito Filho, é o segundo cargo mais importante do Inep, atrás apenas da presidência, tomada pelo engenheiro Marcus Vinícius Rodrigues.
A 2ª vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), Sônia Meire, expressa preocupação pela escolha do governo Bolsonaro. No site do sindicato, a docente diz que a opção por um general no Inep é negativa, já que “os militares nos espaços que vão conduzir a educação brasileira não têm formação para isso. Não têm experiência no campo da pesquisa. O que ele vai defender no Inep, se toda sua experiência é de repressão? Creio que ele irá organizar a produção de pesquisa de acordo com os interesses do governo, para coibir a pesquisa e a produção de conhecimento”, crítica.
Brito Filho foi Chefe do Estado Maior do Comando Militar do Nordeste e liderou a implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na Favela da Maré, no Rio de Janeiro. Comandou, também, o Gabinete de Segurança Nacional (GSI) durante o segundo governo Lula. Além disso, o general esteve à frente das tropas brasileiras na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), ação a qual o ANDES-SN se declarou contrário.
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L.S. / L.L.