A assessoria de imprensa da Capes disse que a informação divulgada na coluna de Ascânio Selene no jornal O Globo “não procede” e negou que haja qualquer tipo de plano para implementação de critérios ideológicos na seleção de bolsas.
Em nota, a agência afirma que “os critérios de seleção para bolsas no exterior são públicos e amplamente divulgados de acordo com os editais e regulamentos” e que “a Capes prima pelo mérito acadêmico e científico, sempre pautado pela qualidade e relevância das propostas.”
O regulamento para concessão de bolsas no exterior foi atualizado pela Portaria 289, publicada no Diário Oficial da União em 2 de janeiro de 2019. A nova Portaria, no entanto, foi assinada no dia 28 de dezembro, como último ato da gestão anterior, de Abílio Baeta Neves. Uma das alterações foi no sentido de baixar a idade mínima para receber uma bolsa no exterior, de 21 anos para 18 anos.
O ministro da Educação Vélez Rodrigues, a quem a Capes é subordinada, já deu declarações polêmicas, ao afirmar, por exemplo, que combaterá o “marxismo cultural” durante sua gestão — seguindo a mesma linha do presidente da República, Jair Bolsonaro, que afirmou que lutará contra o “lixo marxista” nas escolas.
Em seu nono dia de gestão, ainda é grande a frequência dos desmentidos no governo federal. Se neste caso tratou-se de uma matéria da imprensa, os anteriores foram de declarações da equipe e do próprio presidente da República. Já foram desmentidas informações antes divulgadas sobre imposto de renda e IOF, reforma da previdência, base militar dos EUA no Brasil e aumento de juros da Caixa Federal.
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