O reitor da UFRGS se manifestou sobre a possibilidade de controle ideológico ao comentar suas expectativas sobre a gestão de Ricardo Vélez Rodríguez como Ministro da Educação:
“Isso é uma questão ainda muito precoce, muito prematura de se falar, existe um parecer muito importante do Supremo Tribunal Federal garantindo a liberdade de cátedra e autonomia acadêmica das universidades, portanto, não se trata de estar defendendo ideologia A ou B, mas, sim, o direito universal e constitucional de que, nas universidade, haja o livre debate de ideias e o exercício da crítica, seja ela para o lado que for. O grande segredo das universidades se manterem como tal, da UFRGS ser reconhecida pela sua qualidade e como uma referência pela nossa comunidade, é exatamente esse espaço de debates, espaço crítico, cultural, que a gente vem trabalhando nos 85 anos que estamos completando em 2019.”
Na mesma entrevista à Rádio Gaúcha, o reitor Rui Vicente Opperman criticou a proposta do ministro de implantar o ensino pago nas universidades federais, observando que a proposta é inconstitucional e que 60% dos alunos da UFRGS tem renda menor que três salários mínimos. Além disso, o reitor observa que em parte o problema de financiamento da Universidade se deve ao fato da mesma não poder utilizar os recursos próprios que arrecada com convênios e pesquisas, pois são depositados obrigatoriamente na Conta Única do Tesouro Nacional e não são devolvidos pelo governo, que os tem utilizado para outros fins.
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E.M.