Ideologização do Ensino Médio, do Inep e do Enem

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) publicou em uma rede social no sábado (5/1), suas orientações aos professores do ensino médio. O texto diz que temáticas como feminismo, linguagens não relacionadas diretamente à língua portuguesa e história “conforme a esquerda”, não devem ser trabalhadas em sala de aula. A justificativa do parlamentar é a declaração de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, de que o novo Diretor de Avaliação Básica da Educação, Murilo Resende, fará “a medição da formação acadêmica e não somente o quanto ele foi doutrinado em salas de aula”.

O diretor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) citado por Bolsonaro será o responsável pelo gerenciamento de exames oficiais do governo, como, por exemplo, o Enem. Resende é doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e atua como professor universitário em Goiás. Em 2016, durante uma audiência no Ministério Público Federal sobre “Doutrinação Político-partidária no Sistema de Ensino”, ele afirmou que os professores brasileiros são desqualificados e manipuladores, recomendando uma prova que verificasse seus conhecimentos em português e matemática. Nos últimos dias, o novo diretor do Inep tirou do ar um blog de sua autoria com conteúdos em que criticava os profissionais de educação e apontava supostas origens da ideologia de gênero na obra de René Descartes.

Leia mais: Folha de São Paulo / O GLOBO / BR18

 


C.D. / E.M.