A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o reitor da UFSC, Ubaldo Balthazar, e o chefe de gabinete dele, Áureo Moraes, pelo crime de calúnia contra membros da Polícia Federal e do próprio MPF, foi distribuído por sorteio para a juíza da 1° Vara Federal de Florianópolis, Janaína Cassol. Ela também é responsável na Justiça Federal de SC por julgar a operação Ouvidos Moucos, motivadora da prisão do ex-reitor Luiz Carlos Cancellir e do protesto ocorrido em dezembro de 2017 que causou a investigação da PF por calúnia contra os professores Balthazar e Moraes. Janaína foi quem concedeu os mandados de prisão da Ouvidos Moucos.
O caso chegou para ela na sexta-feira e ainda não há despacho oficial. Como ela é um dos alvos do protesto investigado, a juíza pode se declarar impedida para julgar o caso. Com isso, a ação iria para a 7ª Vara Federal, também apta a avaliar casos criminais.
O caso
A investigação partiu de uma reportagem produzida por alunos e exibida na TV UFSC em 18 de dezembro de 2017. A matéria, de 2 minutos e 46 segundos, foi feita após um evento alusivo aos 57 anos da UFSC e em homenagem ao ex-reitor Luiz Carlos Cancellier, quando uma placa com a sua foto foi descerrada na universidade.
Na ocasião, um evento foi realizado no hall de entrada da reitoria da UFSC e transmitido pela TV universitária. No local, faixas e cartazes com a foto de Érika e de outros dois servidores, insinuam, de acordo com a representação, que os agentes teriam agido com abuso de poder contra a UFSC e supostamente provocado o suicídio do ex-reitor Cancellier, que se jogou do último andar de um shopping de Florianópolis em 2 de outubro do ano passado, 18 dias depois de ser preso – por um dia – na Ouvidos Moucos.
Fonte: Diário Catarinense