O afastamento por motivos de saúde do corregedor-geral da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Rodolfo Hickel do Prado, por 61 dias, fez com que todos os processos que tramitavam naquele setor fossem transferidos temporariamente para o chefe de gabinete Áureo Moraes, que retornou ao cargo na semana passada.
Moraes chegou a afastar o corregedor por meio de portaria no dia 20 de outubro, mas pediu exoneração depois que a reitora em exercício, Alacoque Erdmann, anulou o ato. Dez dias depois, Alacoque pediu afastamento também por motivos de saúde por 60 dias.
Na semana passada, após o Conselho Universitário escolher o professor Ubaldo César Balthazar para assumir a reitoria pró tempore até novas eleições, com prazo até abril de 2018, toda a equipe de pró-reitores e secretários que também tinham colocado seus cargos à disposição por discordarem da anulação do afastamento do corregedor retornaram aos postos. Balthazar já ocupava o cargo de reitor interinamente por conta do afastamento de Alacoque.
Prado é peça central nos acontecimentos mais recentes da universidade. Foi ele quem instaurou o processo administrativo que investiga o desvio de bolsas de estudos do programa de EaD (Ensino a Distância), no qual apontou interferência do então reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo. A investigação serviu como base para o inquérito da Polícia Federal, que no dia 14 de setembro expediu mandado de prisão temporária contra Cancellier e outros seis professores e servidores da universidade.
A informação sobre o novo regime de tramitação dos processos administrativos veio do próprio chefe de gabinete: “As questões disciplinares e correcionais ficam sob prerrogativa da chefia de gabinete. Ou seja: o trabalho da corregedoria continua “sob nova direção””. O caso dos desvios das bolsas dos cursos de EaD foi avocado pela CGU (Corregedoria-Geral da União) e está sendo analisado em Brasília.
Fonte: Notícias do Dia