A sequência de eventos que formam a atual e mais grave crise da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) deve ter mais um capítulo na quarta-feira com uma reunião extraordinária do Conselho Universitário (CUn) para definir a forma de escolha da nova reitoria. Ocupado interinamente pela professora Alacoque Erdmann desde a deflagração da operação Ouvidos Moucos, em setembro, o cargo de reitor em exercício deve ser ocupado nesta terça-feira pelo o professor Ubaldo Balthazar após afastamento médico de Alacoque. De acordo com orientações do Ministério da Educação (MEC), uma listra tríplice deve ser elaborada pela UFSC para o órgão federal escolher o novo reitor da universidade até o fim da atual legislatura, que termina em 2020.
Em Brasília para a sessão solene no Senado de homenagem póstuma ao ex-reitor Luiz Carlos Cancellier, que morreu no começo de outubro, o professor Ubaldo Balthazar falou com a equipe da NSCTV sobre a sua a situação na reitoria.
— A professora Alacoque está com problemas de saúde eu fui o escolhido, por ser o professor mais antigo do Conselho, para ocupar o cargo de reitor em exercício nesse processo eleitoral. Ainda não assumi oficialmente, mas devo ter uma posse burocrática quando chegar na universidade.
Com mais de 40 anos de vida acadêmica na UFSC, Balthazar é diretor do Centro de Ciências Jurídicas da universidade e tem diversos trabalhos na área de direito tributário. Ele falou sobre como deve ser o processo de escolha do reitor:
— Devemos organizar na reunião do CUn uma lista tríplice para submeter ao MEC, conforme orientação enviada por eles. Eu trabalho há mais de 40 anos na UFSC e esta sendo uma das piores crises.
A reportagem não conseguiu contato com a professora Alacoque Erdmann, que se afastou por motivos de saúde ainda na segunda-feira. Até o começo da tarde desta terça-feira, o seu afastamento não tinha sido oficializado.
Fonte: Diário Catarinense
Publicado em 31/10/2017 – 14h12