A sessão extraordinária do Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (CUn/UFSC) nesta quinta-feira, 26 de outubro, foi realizada de portas fechadas. Os membros do CUn negaram a solicitação de um coletivo de Técnicos-Administrativos em Educação (TAEs) demandando a abertura da sessão para a comunidade universitária. Em documento apresentado ao Conselho, os TAEs argumentam que “a pauta em curso se constitui interesse amplo de toda a comunidade, e que este fórum de deliberação não pode se restringir ao contato com esta mesma comunidade em um período de crise sem precedentes”.
A Agência de Comunicação da UFSC (Agecom) e a TV UFSC também foram impedidas de entrar na Sala de Conselhos para realizar a cobertura da sessão. Uma das justificativas para impedir a participação de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas da universidade foi o fato de que a sessão é transmitida online. Entretanto, essa transmissão não é suficiente para a cobertura, pois muitas vezes não é possível identificar o conselheiro que se manifesta, além dos diversos problemas técnicos característicos das transmissões onlines, como interrupções e a baixa qualidade de áudio e vídeo.
Para ampliar as possibilidades de acesso, sobretudo para aqueles que não estivessem conectados à internet, a equipe da TV UFSC havia se deslocado de seu estúdio, localizado no Centro de Florianópolis, especialmente para transmitir a sessão também pelo canal da TV UFSC, em alta definição. Dessa forma, a decisão do CUn não apenas comprometeu a cobertura da sessão, como negou a prestação de um serviço à comunidade interna e externa à universidade.
Entre outros argumentos apresentados para impedir a participação da Agecom e da TV UFSC foi por entenderem que são parte de uma “imprensa sensacionalista”, “que só quer vender”, nas palavras de alguns conselheiros. Também afirmaram que a Agecom “nunca se interessou pelo CUn”, desconsiderando que são frequentes as coberturas das sessões, sobretudo quando a pauta em questão envolve assuntos de amplo interesse. Os membros do CUn demonstraram desconhecer as especificidades da Agecom e da TV UFSC como órgãos internos à universidade, cuja função é justamente difundir informações com credibilidade, sobretudo neste momento de crise institucional. A solicitação para acompanhar a sessão do CUn não visava atender a interesses exclusivos dos profissionais da área de comunicação da universidade, mas sim a uma demanda pertinente e legítima de toda a comunidade universitária.
Fonte: Equipe da Agência de Comunicação da UFSC (Agecom)