A Secretaria da Saúde do Estado está infectada por “vírus” com manifestação sistemática.
O ex-secretário, quando assumiu, manifestou desejo de assumir a FAHECE, entidade que administra o Hemosc e o Cepon, com a justificativa que os imóveis eram do Estado e que, ter a propriedade, era a justificativa de concluir o Hospital do Cepon, através de financiamento do BNDES.
Resultado do tumulto gerado: a FAHECE está endividada, o Hospital não foi concluído e a instituição ressente-se da falta de repasse de recursos que são devidos pela Secretaria da Saúde.
O insucesso da iniciativa provocou uma nova manifestação do “vírus imobiliarius”, agora em relação ao Hospital da Unimed.
Mergulhada em déficit de, aproximadamente, 140 milhões de reais, a Unimed acenou com a hipótese da Secretaria, consequentemente o Estado, assumir os compromissos e tornar-se proprietária da unidade hospitalar.
Aparentemente, o processo frustrou e o Estado pareceu ter controlado os efeitos do vírus. Ilusão!!!
Os efeitos estão se manifestando com resultados ainda mais comprometedores.
Sob alegação que o Hospital dos Servidores está em condições precárias para o atendimento à população, ele passou a ser alvo da Secretaria de Saúde.
Em síntese o negócio desenhado seria a troca do imóvel, dito irrecuperável, por obra construída na Av. Beira mar Sul.
Aparentemente saudável, a iniciativa inclui, possivelmente, a Maternidade Carmela Dutra e a própria sede do Hemosc.
Área de terreno central, extremamente valorizada, sob alegações e explicações imprecisas, pode ser transformada em projeto imobiliário ambicioso.
No contexto que se apresenta, o importante e necessário é a transparência no desenvolvimento de ações e compromissos.
Até porque, nas áreas mais nobres da Capital, foram instaladas a Polícia Federal, a Justiça Federal, a Receita Federal, o BRDE (em projeto), o Fórum Trabalhista sem perder de vista, a Assembleia Legislativa e o Poder Judiciário do Estado.
Áreas da Saúde e educação, que devem ser prioridades para a população, por estarem em deterioração, devem ser pensadas e projetadas para o futuro incerto, provavelmente.
A sociedade, através da classe médica, bem como de outras categorias profissionais, que sejam envolvidas, devem reconhecer previamente todos os procedimentos e estudos já encaminhados.
Seria a contribuição para a eliminação do “vírus imobiliarius”.
Carlos W. Mussi
Professor aposentado