Nota Pública do Proifes-Federação

Neste momento de grave crise institucional do Brasil, em que todas as instituições do país, Executivo, Legislativo, Judiciário, e até o Ministério Público, estão envolvidas em graves denúncias, com integrantes presos ou citados em investigações, incluindo o próprio Presidente da República, a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação) vem a público reafirmar sua posição em defesa intransigente da Democracia no Brasil. Não aceitaremos nenhuma solução que não passe pelo crivo da consulta popular, de forma direta e democrática. Pois não teremos nenhuma possibilidade de estabilidade e de respeitabilidade senão em um governo originado das urnas, pela vontade do povo.

A posição do Proifes-Federação, como representante dos professores e das professoras das Universidades e Institutos Federais e dos professores e professoras civis das escolas militares, é da necessidade de ir às ruas para defender o direito dos trabalhadores e trabalhadoras, e ampliar nossas manifestações contra as Reformas, em especial da Previdência e Trabalhista, enviadas ao Congresso por um governo não eleito, impopular, e que se vê agora em situação política muito frágil. Vamos encher as ruas de Brasília dia 24 e de todo o Brasil, para dizer não à retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, em reformas que só interessam ao mercado financeiro, e que aumentarão as diferenças sociais e aprofundarão a crise nesse país.

O Brasil precisa voltar à normalidade democrática, com eleições diretas, governos legítimos e representativos. Precisamos de um forte combate à corrupção, investigações profundas sobre todas as denúncias, além de uma retomada do crescimento econômico, com recuperação de empregos a ampliação dos gastos sociais, retomada da ampliação do Sistema Federal de Educação, com mais acesso do povo ao ensino superior público. Precisamos que o país retome o controle das riquezas da nação, parando imediatamente com a entrega das riquezas minerais, como o Pré-sal, cujos aportes financeiros para a educação e a saúde não podem ser comprometidos, com a retirada da Petrobrás da exploração e a consequente diminuição dos valores dos royalties destinados a estas duas áreas tão sensíveis em nosso país.

Os professores e professoras de instituições federais querem que o povo seja o condutor das mudanças, e não aceitaremos nenhum arranjo institucional para resolver uma crise que não passe pelo povo.

Em defesa da Democracia, contra a retirada dos direitos dos trabalhadores, pela retomada dos investimentos e contra a corrupção, nos manifestamos.

Brasília, 18 de maio de 2017

Proifes-Federação