Um economista escreve:
“Robert Had, de Stanford, há examinado os efeitos de grandes mudanças nas aquisições governamentais de EEUU , se referindo as guerras, especificamente, a 2ª guerra mundial e a guerra de Coréia”
Essa avaliação, Had a realizou entre 1929 e 1962. Houve grandes mudanças no comportamento da economia de EEUU. Entre 1929-1933 recessão pela crise de 1929, (em outro trabalho mostrarei que estas crises são produto da “usura”). Entre 1933-1936 recuperação por politicas Keynesianas de gastos governamentais. Mas, os anos em que houve um forte incremento do gasto militar foram de forte crescimento da economia e do emprego, naqueles de redução do gasto militar depois da 2ª guerra mundial, foram de forte redução da produção.
Essa é uma realidade pela qual Jorge Bush, que ao menos conhecia ela, confessou a um ex-presidente da Argentina na reunião de Mar del Plata (2005) que a guerra era um bom negócio para EEUU.
Mas, somente pela guerra é possível analisar que ocorre com o gasto governamental? Por desgraça, sim. Mas nosso economista continua:
“No entanto, às vezes se produzem grandes recortes, por razões diferentes, porque os gestores da política nacional estão preocupados por fortes dívidas ou déficits orçamentários e aplicam a tesoura no gasto no intento de recuperar o controle das finanças. Assim, a austeridade e não somente o gasto da guerra, igualmente nos proporciona informação sobre os efeitos da politica fiscal”.
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“Por fortunas, o trabalho de campo, tem sido feito por pesquisadores de Fundo Monetário Internacional, que tem analisado 173 casos de austeridade fiscal, em países avançados, durante o período compreendido entre 1978 e 2009. O que constataram foi que as políticas de austeridade se seguiram de contração da economia e um aumento do desemprego.
Existe mais, muito maisd+ mas confio em que, este breve resumo, dê ao leitor uma ideia de que sabemos e como o sabemos. Em particular, o que desejo quando o leitor leia estas páginas minhas, ou as de Joseph Stiglitz, ou Christina Romer, onde dizemos que recortar gasto no atual contexto de depressão somente vai piorar e que ninguém possa pensar “Ah! Essa será sua opinião”, porque como tem falado Christy Romer em uma palestra recente sobre as pesquisas nesta matéria de pratica fiscal:
“Hoje, mais que nunca, existem provas claras de que a política fiscal é importanted+ que um estímulo fiscal ajuda a economia a criar emprego, enquanto que reduzir o déficit orçamentário reduz o crescimento, ao menos no curto prazo. E, no entanto, estas provas parecem não estar chegando ao poder legislativo”.
ISTO É O QUE NECESSITAMOS “CAMBIAR”
Tudo o indicado em negrita itálica foi tomado do livro “!Acabemos ya com esta crisis !” de Paul Krugman, premio Nobel de Economia, pág. 248-251, Ed. Critica Bs. As. 2014.
Dedicado aos professores que são favoráveis a PEC, que não conheciam este escrito, e especialmente aos que, ao estilo de Pilatos, se lavam as mãos, ficam acima do muro, frente ao poder da injustiça.
Rosendo A. Yunes
Professor voluntário