O procurador Marcelo da Mota, da área de cidadania e educação do MPF (Ministério Público Federal), fez uma recomendação para a reitoria da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), nesta segunda-feira (21), sobre as ocupações nos centros acadêmicos. O objetivo é o retorno das aulas e o livre acesso às dependências por meio do diálogo. A universidade tem prazo de 72 horas para apresentar as ações que estão sendo adotadas. Além disso, as aulas no CSE (Centro Sócio Econômico) continuam suspensas nesta terça-feira (22) e só voltam ao normal na quarta-feira (23).
As manifestações acontecem pela política de congelamento de gastos do presidente Michel Temer (PMDB). Um grupo contrário ao movimento protocolou a denúncia no MPF na sexta-feira (18). “Do mesmo jeito que eles têm o direito de protestar, nós temos o direito de assistir as aulas e de utilizar os laboratórios para a produção científica”, justifica o estudante de geologia Pedro Nunes.
Cinco centros acadêmicos estão ocupados na UFSC: CSE, CED, CFH, CCE e CCB. Na semana passada, estudantes de grupos contrários e favoráveis à manifestação entraram em conflito no CSE e, por isso, as aulas estão suspensas neste centro.
“O MPF busca a compatibilidade dos exercícios de direito por meio do diálogo. Entendemos que os alunos têm o direito da livre manifestação, mas sem interferir na liberdade dos outros estudantes. Aguardamos a resposta da UFSC para avaliar quais medidas adotaremos”, disse o procurador.
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O chefe de gabinete da reitoria, Áureo de Moraes, informou que o reitor convocou uma reunião com os diretores dos centros acadêmicos para a manhã desta terça-feira. A intenção é intensificar o diálogo com os manifestantes e encontrar uma solução para o impasse. Também seguem ocupados o IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), na Mauro Ramos, o Colégio de Aplicação, que funciona na UFSC, e a Escola Estadual Simão Hess, na Trindade.
Fonte: Notícias do Dia
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Reitor da UFSC se reúne com diretores de centros para deliberar ações envolvendo ocupações