PM cumpre reintegração de posse em prédio da Udesc ocupado por estudantes

O pelotão da Polícia Militar (PM) cumpriu na manhã desta sexta-feira a reintegração de posse no prédio da reitoria da Universidade Estadual de SC (Udesc), em Florianópolis. Os estudantes, que ocupavam desde o último dia 25 o hall de entrada da Instituição, fazem parte do movimento nacional contrário às medidas anunciadas pelo governo Temer. 

Na ação, divulgada pelas redes sociais do movimento, os agentes entraram na reitoria, escoltaram até a saída e revistaram todos os estudantes acampados antes mesmo 6h30min desta manhã. 

De acordo com informações repassadas pelos integrantes do movimento, participaram da reintegração quase 100 policiais do Batalhão de Choque e PM. Já, segundo a PM, cerca de 50 agentes estiveram no local.

— Acompanhamos duas oficiais de justiça e quatro pessoas precisaram assinar um termo porque encontramos drogas com eles. Mas no geral, tudo foi bastante pacífico e tranquilo — afirmou o Tenente Coronel, Marcelo Pontes. 

Do grupo de estudantes, quatro pessoas assinaram termos circunstanciados após serem flagrados com entorpecentes. Ninguém foi preso.

Por volta das 7h, e sem divulgar números, os integrantes da ocupação já retiravam os colchões, destacavam os cartazes das paredes e cantavam em frente ao prédio, agora desocupado. 

Os alunos da Escola Superior de Administração e Gerência (Esag) – anexo ao prédio da reitoria – receberam um e-mail informando que as aulas estão suspensas nesta manhã. Os demais centros acadêmicos seguem com programação normal. 

Mesmo com a reintegração de posse, solicitada pela reitoria da Universidade na sexta-feira passada e expedida na segunda-feira, até a tarde de ontem os estudantes ainda não haviam sido notificados oficialmente. 

Ontem à tarde, por meio do portal de notícias, o Sindicato dos Servidores da Udesc (Situdesc) divulgou uma nota sobre o movimento. No texto, o Situdesc informou que durante as últimas semanas dialogou com os alunos. Ainda, segundo a nota, não foi o sindicato quem entregou um abaixo-assinado solicitando a saída dos estudantes, mas sim um “grupo de técnicos da Reitoria”.

Fonte: Diário Catarinense