“Cometi o único pecado que a política não perdoa: dizer a verdade antes do tempo.” Roberto Campos
O notório – pelo elevado grau de esquerdofrenia, arrogância e grosseria que destila em seus artigos – Rogério Cerqueira Leite (RCL) – acaba de agredir, pela Folha de São Paulo, o ínclito Juiz Sérgio Moro.
Entende-se: Moro pôs na cadeia os grandes ídolos petistas de RCL, quase todos ex-ministros e arrecadadores de receitas dos governos Lula e Dilma e está na rota que levará seu dolo maior, Lula, a morar no hotel da PF em Curitiba.
Moro prendeu e prende, não por fanatismo religioso ou puritanismo jurídico, como atrevida e falsamente acusa o físico esquerdofrênico da UNICAMP, mas por cumprimento do seu dever de magistrado. Suas decisões, é imperioso lembrar, sempre foram e são revisadas em recursos a instâncias jurídicas superiores e, em geral, mantidas íntegras. O atrevimento arrogante e cínico de RCL atinge, pois, não apenas Moro, mas também os tribunais que mantém suas decisões.
Vejam matéria sobre o desaforado artigo de RCL no link abaixo.
Volto depois.
http://www.conjur.com.br/2016-out-12/chamado-justiceiro-moro-irrita-envia-carta-jornal
Estou de volta.
Ao tempo em que me solidarizo com o eminente Juiz Sérgio Moro, apresento, por oportuno, um post que coloquei nas listas de discussão da UFSC, anos atrás.
Também pergunto, na linha de Sérgio Moro: Como pode um jornal que se deseja sério, como a Folha de São Paulo, ter em seu conselho editorial um indivíduo que, carregado de ideologia de esquerda, não tem a imparcialidade que se espera de um articulista sério e de valor e é conduzido, não raro, por esta mesma ideologia, a ofender pessoas e a perder a razão.
Está certo o magistrado em afirmar: “A essa altura, salvo por cegueira ideológica, parece claro que o objeto dos processos em curso consiste em crimes de corrupção e não de opinião.”
Transcrevo abaixo, em itálico, texto que escrevi e postei nas listas da UFSC sobre aquele boçal campineiro, há cerca de três anos:
“Minha posição em relação ao fundamentalismo religioso é conhecida.
Mas isto não significa que me acomodarei no barco imundo dos que, se de um lado cortejam os evangélicos e pedem voto, de outro usam de argumentos oportunistas e falsos para desconstruir Marina Silva e abrir caminho para a reeleição de uma mulher ignorante, tatibitate, falsa, desonesta e de história de vida oportunista (ainda abordarei este assunto).
Falo isto por causa de dois artigos recentemente publicados por Rogério Cerqueira Leite sobre Marina (vejam o link abaixo). Este indivíduo, petista enrustido e “esquerdofrênico” de longa data, tem um caráter desprezível, na minha visão.
Relato um fato ocorrido nesta mesma UFSC, que dá a dimensão do caráter precário deste indivíduo.
O NPD (Núcleo de Processamento de Dados da UFSC) estava querendo adquirir um computador de última geração, isto lá pelo final dos anos 1970, início dos anos 1980.
A IBM ofereceu, de presente, o que ela tinha, na época, de mais avançado. Aceite-se que a IBM, com aquele gesto, visava mostrar seu lado generoso para o grande público. E daí? O fato é que a IBM não impusera qualquer condicionante para o presente: a única coisa que a interessava já estava lá: a UFSC era uma instituição universitária e boa vitrine.
Foi quando então fomos, de surpresa, convidados para uma palestra de Cerqueira Leite no auditório da Reitoria da UFSC. Na época ele era professor não aposentado da UNICAMP, berço de notáveis da “ciência” conhecida como “Economia de Esquerda”, como Maria da Conceição Tavares, Luiz Gonzaga Belluzzo – muito conhecido por sua gestão da economia do Palmeiras – e tantos outros.
O título da palestra de RCL? Não me lembro, se é que algum título foi dado à palestra. Mas me lembro perfeitamente do conteúdo. Era sobre a doação do computador pela IBM, que nos poria, segundo aquele esquerdofrênico, “eternamente nos braços da IBM” (sic), aquela empresa símbolo (na época) do “imperialismo americano” (sic).
Nossos alunos, dizia aquele farsante, ficariam “amarrados ao sistema IBM” (sic) e “não teriam mais como sair daquele sistema” (sic).
Este foi o nível da tal palestra. Ele, do alto de sua infinita arrogância e grosseria, achava que nos empulhava facilmente, supondo-nos uns retardados mentais.
Perguntei a ele se comprar o computador IBM podia, recebê-lo de graça não? A resposta foi no mesmo diapasão: “estaríamos humanizando a face do imperialismo” (sic) e outras baboseiras do gênero.
Sobre o fato de os alunos ficarem “reféns do sistema IBM”, argumentei que os alunos “conversariam” com o computador através de linguagens de compilação padrões (Fortran, Algol, Cobol, …) e comuns a todos os demais computadores, pouco nos importando o sistema operacional que tornavam compatíveis essas “conversas”. Fui abruptamente e nervosamente interrompido e, pela resposta – impossível de reproduzir, tal o disparate e grosseria que a compunha – me fez crer, para além de quaisquer dúvidas, que aquele senhor nada conhecia de computadores, de linguagens de programação, de compiladores e de sistemas operacionais.
Mas estava ali, chegado de repente de Campinas, SP, tentando barrar uma doação legítima, benéfica, altamente conveniente para a UFSC, corriqueira em países avançados (como os Estados Unidos, Inglaterra, França, …), onde o subdesenvolvido espectro do “imperialismo” não viceja.
De fato a IBM, tendo em vista a repercussão negativa gerada por este cretino campineiro, voltou atrás na sua intenção de nos doar um computador. A UFSC, quer dizer, os pagadores de impostos, tiveram de comprar o mesmo computador que, sem a campanha daquele patife, nos chegaria de graça.
Não me perguntem quem pagou as despesas de passagem e estadia daquele cara.
Não sei, mas imagino.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/185733-os-mil-olhos-do-dr-rogerio.shtml”
José J. de Espíndola
Engenheiro Mecânico pela UFRGS, Mestre em Ciências pela PUC-Rio, Doutor (Ph.D.) pela Universidade de Southampton, Inglaterra, Doutor Honoris Causa da UFPR, Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, Aposentado