Mentira # 1: “Os professores da UFSC estão em greve” É o que diz o site da Andes e os cartazes da UFSC: Veja aqui
Mentira # 2: “Os professores das universidades federais de Santa Catarina são representados pela Andes“. Esta saiu no Boletim #6 do “Clube de Amigos“. Veja aqui. Não é bem uma mentira, mas uma “interpretação livre” da decisão da Ministra Carmen LÚcia do STF negando-se a reconhecer o direito da Apufsc de participar diretamente da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) pelo fato da Apufsc ser um sindicato local e não uma federação (como é ou seria o Proifes) ou um sindicato “de âmbito nacional” (como a Andes). De fato, a Andes deixou de ser um Eacuted+Sindicato NacionalEacuted+ e passou, legalmente, a ser um sindicato “de âmbito nacional“, com a exclusão de sua base territorial dos sindicatos dos professores das Universidades Federais de Santa Catarina, Ceará, Rio Grande do Norte, São Carlos, Rio Grande do Sul, Minas Gerais…e por aí adiante (como a própria Ministra reconhece, no mesmo voto, é a Apufsc quem representa os professores das UFEacuted+s de Santa Catarina). Da mesma forma, temo que o Proifes não seja uma federação de âmbito nacional (que exige a união de ao menos 5 sindicatos locais de diferentes estados). Ao menos não era até alguns anos atrás (estou falando de 2012). Está (ou estava) na MNNP pelas mãos da CUT.
O mesmo Boletim #6 critica a Apufsc por suas assembleias não terem tido quórum.
Ora, se não há quórum é porque os professores da UFSC não estão interessados em greve.
Se estivessem iriam à assembleia. E esta é a grande diferença entre a Apufsc de hoje e a Apufsc de ontem (em nossa época de SSind).
Ontem, greve era uma decisão de 1/2 dÚzia e, hoje, greve é uma decisão que precisa da aprovação em assembleia de dois dias com quórum de ao menos 1/4 do total de professores sindicalizados.
Afinal alguém faz greve com 1/2 dÚzia de adeptos?…
Pois é isto o que dizem os cartazes subsidiados pela Andes e espalhados pela UFSC: “Os professores da UFSC estão em greve“.
Falta à Andes e aos andesianos muito de auto-crítica e um outro tanto de vergonha na cara.
Mas falta, sobretudo, aos andesianos, a capacidade de reconhecer que os professores de universidade formam uma categoria que, hoje, não mais aceita o sindicalismo na forma como ele vem sendo praticado (e isto se aplica à todas as universidades brasileiras).
Daí a falta de identificação dos “profissionais do sindicalismo” com a categoria que julgam representar. E daí o recurso à mentira andesiana.
Também daí e, ao meu ver, a necessidade de procurarmos como professores uma nova forma de sindicalismo mais apropriada à nossa categoria. Mas que isto se dê como um anseio de todos nós …e não de uma outra 1/2 dÚzia.
E isto inclui os andesianos. Ao menos os que se sabem que toda mentira tem “pernas curtas“.
A UFRGS está em greve?…A UFG está em greve?… A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Eshyd+E#8208d+Brasileira está em greve?…
Ou a greve por lá é também de “mentirinha” como a que rola por aqui?…
*Paulo C Philippi
Professor do Departamento de Engenharia Mecânica
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