Lideranças de todo o Brasil do PROIFES-Federação e o MEC (Ministério da Educação), por meio de integrantes da SESu (Secretaria de Educação Superior) e da Setec (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica), debateram, durante toda a tarde desta quarta-feira (29), problemas em obras e em infraestrutura causados pela rápida expansão das universidades e dos institutos federais brasileiros nos últimos anos.
No primeiro momento, o presidente do PROIFES-Federação, professor Eduardo Rolim de Oliveira (ADUFRGS-Sindical), reafirmou a importância do espaço de diálogo estabelecido desde o dia 18 de junho. Na data, as partes decidiram pela abertura de uma agenda de encontros mensais temáticos para criteriosa análise dos reflexos da expansão das IFES, de agosto a dezembro.
Ainda na fala de abertura, Rolim salientou que a entidade é a favor da expansão, mas que existem pontos que precisam ser ponderados. “Ser a favor não nos exime de criticar o que não foi correto”, afirmou o docente.
Para embasar o debate, o coordenador geral de planejamento e orçamento da SESu, Fernando Augusto Bueno, apresentou planilhas que detalham as despesas do governo federal em infraestrutura. Os documentos mostraram gastos com obras e reformas em salas de aula, bibliotecas, calçamentos, vias de acesso, auditórios, laboratórios, moradia estudantil, restaurantes, entre outros. A apresentação estará disponível no site em breve. O vice-presidente da federação, professor Nilton Brandão (SINDIEDUTEC – Sindicato), cobrou da Setec detalhamento semelhante para a análise da situação dos institutos.
Então, o presidente do PROIFES-Federação perguntou aos representantes do MEC como funciona a dinâmica das obras. Para essa questão, o coordenador geral de infraestrutura da Setec, Luiz Carlos Rego, respondeu que, no caso dos institutos, “o ministério tem que respeitar o planejamento da instituição, ver qual é a prioridade apontada por ela”, explicou.
O professor Eduardo Rolim ainda questionou o MEC sobre outro problema da expansão: a ida de professores para regiões com pouca ou nenhuma infraestrutura. Como resposta, a diretora Adriana Weska, da SESu, disse que “desde o ano passado há um Elsquod+freio de arrumaçãoErsquod+ e que recursos estão sendo destinados para a consolidação de obras”.
Após ouvirem as explanações dos representantes do MEC, as lideranças presentes, por meio de exemplos práticos do dia a dia, enumeraram diversos problemas oriundos de falhas de planejamento da expansão, como número insuficiente de salas de aula e de creches, ambientes inseguros e falta de manutenção nas estruturas elétrica e hidráulica.
Esta é a terceira rodada da discussão, antes já foram analisados os temas “matriz orçamentária, gestão e planejamento na expansão das IFES” e “gestão de pessoas”. Em novembro será a vez de “condições de trabalho” e em dezembro será realizada uma oficina final para conclusão da proposta.
Fonte: Proifes