Presidente: Rogério Silva Portanova (CCJ)
Vice-presidente: Henrique Finco (CCE)
Secretário Geral: José Carlos Cunha Petrus (CTC)
Primeiro secretário: Eduardo de Carli da Silva (CEM-Joinville)
Diretor Financeiro: Romeu Augusto de Albuquerque Bezerra (CA)
Diretor Financeiro Adjunto: João Carlos dos Santos Fagundes (CTC-Aposentado)
Diretor de Divulgação e Imprensa: Paulo Cesar Philippi (CTC)
Diretora de Promoções Sociais, Culturais e Científicas: Maria de Lourdes Alves Borges (CFH)
Diretora de Assuntos de Aposentadoria: Nadir Ferrari (CCB-Aposentada)
A recente história do movimento sindical dos professores das universidades federais teve, há pouco mais de cinco anos, uma vitória que significou o inicio de um novo rumo na organização da categoria.
Esta conquista resultou de uma árdua batalha contra velhas práticas sindicais, burocratizadas, afastadas da maioria dos professores, que não mais satisfaziam os anseios e necessidades da categoria docente. Práticas essas que se norteavam fundamentalmente por posições e interesses ideológicos. Desde o início deixamos claro que a luta era contra a concepção centralizadora, burocrática e pouco representativa, que divorciava a entidade das bases sindicais, isto é, dos professores. Era tal o afastamento, que a credibilidade e legitimidade das instâncias sindicais e de seus encaminhamentos resultavam comprometidos. Foram tais práticas que levaram a um grande descrédito do ANDES. A insatisfação com tudo isso impulsionou a constituição do movimento NOVA APUFSC, que culminou com a maior assembleia geral fora de greve que esta universidade já teve. A resposta foi imediata: desfiliação do Andes e a transformação da APUFSC em um sindicato autônomo, independente e democrático.
Este processo trouxe ainda um amadurecimento significativo da visão sindical de um grupo de professores que estavam afastados das lides próprias de um sindicato e que não mais se sentiam representados por aquela lógica de fazer política sindical. Um importante passo foi a busca da Carta Sindical, instrumento legal que assegura constitucionalmente a existência do sindicato representativo da categoria docente. A APUFSC foi o primeiro sindicato dos professores federais a receber a carta sindical e a agir de pleno direito em função de sua base territorial. Hoje busca construir uma representação nacional que lhe permita sentar nas mesas de negociação federais, dentro do Movimento Docente Independente e Autônomo (MDIA) e se fazer presente nos vários campi da UFSC.
Todavia, após este período de conquistas, de reorganização e de afirmação de novos valores sindicais, a APUFSC atualmente passa por um grande marasmo político nas suas atividades e uma quase paralisia de suas instâncias sindicais.
Isto tem levado à uma evidente perda em nossa identidade de luta, do justo e democrático debate de ideias, do enfrentamento dos problemas da universidade e da categoria. Podemos ver isso em diferentes situações, talvez a mais emblemática seja o Boletim que, além de esporádico, não se fortalece como espaço de debate político e de circulação de ideias e do confronto entre posições contrárias, algo que é o próprio espírito do professor universitário.
Portanto, tal distanciamento dos professores da sua entidade representativa e do sindicato com os temas mais relevantes da universidade precisa ser enfrentado e resolvido.
Neste sentido, preocupa também o comportamento inerte da própria diretoria, que só faz crescer o descontentamento e o distanciamento entre a estrutura sindical e os problemas e interesses dos professores. Por consequência, acaba fortalecendo a gestão burocrática e assistencial e compromete a representatividade e o espírito de luta que fundou o nosso movimento.
é bom lembrar que em todos os momentos de crise e de perda de rumos do nosso sindicato, os professores souberam dar a resposta à altura. Agora, mais uma vez, consideramos que o momento presente, não só da entidade, mas da nossa Universidade, está a nos exigir clareza, altivez, humildade, coragem e, sobretudo mobilização, pois precisamos reafirmar e reavivar nossos valores, os objetivos traçados quando de nosso grito por uma Nova APUFSC.
Além disto, não há como conceber um sindicato de professores de universidade divorciado da instituição universitária. Os objetivos do sindicato compreendem os de proteger o professor em suas atividades, lutando por salários justos que deem dignidade à profissão e por condições de trabalho adequadas à estas atividades. Um e outro são requisitos essenciais para a qualidade acadêmica da instituição universitária. Em sentido inverso, a qualidade acadêmica da universidade dignifica a nossa profissão e o nosso papel como agentes de transformação e nos valoriza diante da sociedade que nos paga.
Necessitamos, pois, recolocar a entidade no caminho da construção de um futuro melhor para a Universidade e para nós professores. Nosso convite é para todos aqueles que creem neste ideal e para aqueles que estiveram desde o começo nesta caminhada. Um convite à união para reforçar a vida sindical e os valores fundantes de um sindicato universitário vibrante, autônomo e de lutas.
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