Seminário discutiu o presente e o futuro do movimento docente

O presente e o futuro do movimento docente foram discutidos durante seminário que aconteceu nos dias 17 e 18 de maio em Salvador (BA). Representantes de sindicatos de diversas universidades federais, entre eles a Apufsc-Sindical, participaram do evento, que teve como principal objetivo socializar informações e avaliações sobre a situação do movimento, além de discutir formas e implicações legais de organização sindical local e nacional da categoria.

Durante os dois dias de seminário, foram realizadas três sessões temáticas: expansão da educação pública federal, carreira docente e aposentadoriad+ Pesquisa, Ciência e Tecnologiad+ e organização sindical dos docentes. O encontro foi organizado pela Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (Adunb) e pelo Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub).

No primeiro dia de debates, o Reuni tomou conta das discussões. Nenhum dos participantes mostrou-se contrário a expansão das universidades federais, mas todos questionaram a forma como está sendo feita. Os problemas com estrutura foram os mais elencados, principalmente com falta de professores e condições de trabalho. Notou-se que os problemas com o Reuni são comuns em quase todas as instituições.

O Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que tramita no Congresso Nacional, foi tema do segundo dia do seminário. Para Ana Valente, secretaria regional da SPBC, o texto tem um formato muito rígido, com muitas exigências para quem vai trabalhar com pesquisa, o que, para ela, acaba inibindo a pesquisa. A ideia da SBPC é elaborar um código mais ágil, com princípios gerais para que os pesquisadores tenham liberdade de pesquisar sem a criminalização do Tribunal de Contas da União (TCU), na hora da prestação de contas. Para Ana, é preciso discutir o Código com a categoria, a sociedade e com a SBPC.

O Seminário encerrou com a apresentação da organização sindical da Apufsc, Apub e Adunb, que falaram sobre o movimento em suas bases e como estão estruturados.

Segundo o presidente da Apufsc, Marcio Campos, com base em tudo que foi discutido no seminário, o Sindicato, agora, vai ouvir os professores dos campi da UFSC em Florianópolis, Araranguá, Curitibanos e Joinville, além da Universidade da Fronteira Sul (UFFS), com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos docentes de cada uma das unidades.