Insatisfeito com o resultado do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o governo apressou-se para contestar os dados e questionar o levantamento feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Equotd+Alguns países podem não ter dados atualizados, mas nós temos. (O Pnud) Sistematicamente, usa dados que nós não reconhecemos, dados defasadosEquotd+, criticou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Equotd+Os dados brasileiros estão incorretos, a avaliação é injusta com o Brasil.Equotd+
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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também criticou o levantamento: Equotd+Se distribuímos renda, se reduzimos a população em extrema pobreza, se temos uma grande mobilidade social, por que o indicador do IDH não reflete tudo que fizemos?Equotd+. O Brasil manteve o 85.º lugar na lista do Índice de Desenvolvimento. A média obtida foi de 0,730 de uma escala que vai de 0 a 1. Com essa nota, o País permanece no grupo de Equotd+desenvolvimento humano altoEquotd+.
De acordo com Tereza, o governo recebeu o relatório Equotd+com sentimentos divididosEquotd+. Equotd+A leitura do relatório qualitativo é uma leitura que, particularmente, nos orgulhou a todosd+ durante todo o relatório (há), referências elogiosas, somos citados como modelo (de) novo desenvolvimento inclusivo, novo paradigma, em vários momentos o Brasil é destacado como referência nas inovações de políticas sociaisEquotd+, afirmou. Equotd+Quando vamos para a construção dos indicadores, os dados continuam desatualizados, se todos os países tivessem dados desatualizados, ficariam todos frustrados. Algumas metodologias não entendemos, continuamos frustrados com esses indicadores e ranqueamento.Equotd+
Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) considera que os dados de educação usados no relatório são Equotd+de 2005 e de fontes não reconhecidas pelas agências estatísticas nacionaisEquotd+. Equotd+Para alguns países, os dados utilizados no cálculo são atualizados para o ano de 2010Equotd+, alega.
Segundo o Inep, dois importantes indicadores da área – a média dos anos de escolaridade e anos de escolaridade esperados – Equotd+apresentam graves distorçõesEquotd+. Equotd+No que se refere à ”média de anos de escolaridade”, os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 2011 indicam um valor de 7,4 anos para a população de 25 anos ou mais, enquanto o Pnud utiliza um valor de 7,2 anos. Quanto aos ”anos de escolaridade esperados”, o Pnud apresenta um valor para o Brasil igual a 14,2 que se mantém constante desde o ano 2000. A razão dessa grave distorção, além da desconsideração dos dados oficiais mais recentes, é a não consideração das crianças de 5 anos matriculadas na pré-escola, bem como das matriculadas nas classes de alfabetização (CA), ou seja, são desconsiderados no cálculo cerca de 4,6 milhões de matrículas de crianças brasileirasEquotd+, diz a nota. Equotd+Só queremos que corrijam aquilo que é de direito do PaísEquotd+, declarou Mercadante. Conforme ele e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, funcionários da administração federal viajarão a Nova York para discutir com técnicos do Pnud os dados usados no levantamento.