Professores de 24 institutos federais de educação, ciência e tecnologia decidiram pelo fim da greve e devem voltar às atividades acadêmicas nos próximos dias. Ainda esta semana, outros 14 institutos realizarão assembleias com indicativo para o fim do movimento. Dos 38 institutos federais, dois centros federais de educação tecnológica e o Colégio Pedro II, resolveram manter a paralisação apenas o Instituto Federal do Rio Grande do Norte e o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Minas Gerais. Todos os técnicos administrativos, tanto dos institutos quanto das universidades federais, já retornaram às atividades.
Entre as universidades, saíram da greve dos docentes as federais do Rio de Janeiro (UFRJ)d+ da Fronteira Sul (UFFS)d+ do Ceará (UFC)d+ de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)d+ do Rio Grande do Sul (UFRGS)d+ de Santa Catarina (UFSC)d+ de São Carlos (UFSCar)d+ da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e a Universidade de Brasília (UnB). Além dessas, voltaram às aulas os professores dos câmpus de Araguaína, da Universidade Federal do Tocantins (UFT)d+ de Guarulhos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)d+ e de Alegrete, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Professores de todas as universidades estão retomando suas atividades.
O Ministério da Educação espera agora o rito sindical para a volta total das atividades acadêmicas. Além disso, está recebendo e analisando o planejamento das instituições com relação à reposição dos dias parados.
Na proposta encaminhada ao Congresso, o governo busca a valorização da dedicação exclusiva e da titulação dos docentes. O aumento proposto prevê o mínimo de 25% e o máximo de 40%, a serem aplicados nos meses de março de 2013 (50%), de 2014 (30%) e de 2015 (20%). Fica assegurado, portanto, reajuste mínimo de 13% a partir de março do próximo ano.
Dessa forma, um profissional com doutorado recém-ingressado na carreira passaria a receber salário de R$ 8.439,77 durante o estágio probatório. Concluído esse período, chegará a R$ 10.007,24. Para o topo da carreira — professores titulares com dedicação exclusiva —, o aumento proposto é de 40%, o que significa salários superiores a R$ 17 mil. Para a concessão do reajuste, o governo liberou, no orçamento, recursos de R$ 4,2 bilhões.
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