Caros colegas,
Gostaria aqui de dividir uma reflexão sobre o momento da consulta em urna realizada pela APUFSC dia 1 de agosto. Todos recordam que o governo apresentou sua última proposta dia 24 de julho e marcou para o dia 1 de agosto as 19:00 horas reunião com as entidades representantes dos docentes para a última rodade de negociação. Nesse cenário, a APUFSC precisava consultar os docentes sobe a proposta do governo. Porém não foi isto que aconteceu!! Fomos consultados sobre o fim da greve e não sobre a proposta do governo. Ora, como poderíamos sair de greve em plena negociação? Quem garantiria que se saíssemos de greve dia 1 de agosto o governo iria assinar algum acordo as 19:00 deste dia? Me parece que mesmo aqueles, como eu, favoráveis a proposta do governo, devem ter tidos dúvidas na hora da votação. Confesso que votei pela saída da greve, mais em consideração com os alunos do que por convicção de ser o certo a fazer. Mas, do ponto de vista negocial, jamais poderíamos ter saído de greve dia 1 de agosto, não sem um acordo assinado.
Bom, a situação desde então evoluiu e temos hoje um acordo assinado pelo governo e uma greve que aparentemente não interessa a maioria dos docentes (veja o resultado da assembléia de greve do dia 7, a qual não teve quórum). Eu deixo então uma pergunta no ar…. Não estaríamos em greve, prejudicando a toda comunidade universitária, devido a uma consulta realizada em um momento inoportuno? Não seria o caso da APUFSC agir rapidamente e, dado a evolução do quadro desde a última consulta (temos agora um acordo assinado pelo governo), chamar novamente uma assembléia sobre a greve? Eu acredito que sim.
Daniel Gonçalves
Professor do Departamente de Matemática