O impasse que levou à greve em mais de 95% das Instituições Federais de Ensino não foi resolvido, conforme vem divulgando o Ministério da Educação (MEC). De acordo com levantamento parcial feito pelo Comando Nacional de Greve dos ANDES-SN, até às 18 horas de quarta (8), 57 assembleias já haviam deliberado pela continuidade da paralisação.
Em comunicado especial, o CNG do ANDES-SN classifica como simulacro de acordo, o termo firmado entre o governo e o seu braço sindical na última semana, que segundo o texto “não atende a melhoria da qualidade da educação pública e não valoriza a carreira docente”.
Para o CNG, “os reajustes previstos no acordo atingem a categoria de modo desigual, prejudicando os docentes e aprofundando as distorções, além de não repor, para a maioria dos professores, a inflação efetiva aferida pelos órgãos oficiais de estatística, para o período de 2010-2012, e a prevista para o período de 2013-2015”.
No documento, os docentes do Comando Nacional de Greve acusam o MEC de usar e manipular “maneira ardilosa a informação proveniente da consulta eletrônica realizada pela entidade que aceitou o acordo. Ao afirmar que 75% dos professores optaram pela aceitação da proposta do governo, omite que o universo consultado incidiu somente sobre 3% da categoria”.
O CNG finaliza o comunicado reafirmando que “a greve permanece firme e coesa, e, a cada rodada nacional de Assembleias Gerais, se fortalece. Os docentes têm clareza do significado da luta e cobram reabertura de negociações, visando o atendimento da pauta de reivindicações, a qual objetiva o avanço da educação pública”.