A maioria dos professores das universidade federais já se manifestou contra a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo federal no dia 24 de julho. Segundo informações do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), o maior representante da categoria, 48 das 57 universidades federais que estão com as atividades paradas votaram em assembleias pela continuação da greve. A paralisação chega ao 76º dia.
As instituições de ensino superior têm até as 18 horas desta terça-feira para enviar ao sindicato os seus posicionamentos. Na noite de quarta-feira, está agendada uma nova reunião com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, para que seja dada uma resposta oficial dos docentes à oferta feita pelo governo.
A última proposta foi de reajustes salariais entre 25% e 45% ao longo dos próximos três anos. O Ministério do Planejamento também concordou em antecipar de julho para março de 2013 o início dos aumentos, atendendo a uma das reivindicações da classe. Com isso, o impacto no orçamento seria de 4,2 bilhões.
Os docentes alegam que, apesar do incremento salarial, a proposta mantém a lógica da oferta anterior, apresentada no dia 13 de julho, e que foi recusada. “Não discutimos apenas aumento salarial, mas reestruturação da carreira para que cada professor saiba quais caminhos seguir para crescer. Mas o governo não assegura progressão igualitária”, alega Marina Barbosa, do Andes.