Mais uma semana. Este foi o prazo solicitado pelo secretário executivo do Ministério da Educação, José Henrique Paim Fernandes, para apresentar uma resposta sobre qual o melhor modelo jurídico e institucional para criar uma universidade federal em Blumenau, usando uma parceria entre Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Furb. O pedido para adiar a resposta foi solicitada por Fernandes por meio de um telefonema quarta-feira à noite ao deputado federal Décio Lima (PT).
De acordo com o parlamentar, a demora na apresentação de uma solução ao processo de federalização da Furb estaria relacionado à greve dos professores das universidades federais, que já dura dois meses, e está mobilizando o próprio ministério e os reitores das faculdades, inclusive da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Décio Lima relatou que o modelo já saiu do jurídico do MEC e será encaminhado para avaliação na Secretaria de Educação Superior (Sesu), unidade do MEC responsável pela expansão do ensino superior. João Natel, reitor da Furb, disse que está aguardando posicionamento do MEC sobre o assunto. Disse que, desde a última reunião com o ministro Aloizio Mercadante, dia 10 de julho, nada avançou e que espera retorno de Brasília.
Naquele encontro, o próprio ministro prometeu solução para a semana seguinte, prazo que se esgotou nesta quarta-feira. Agora, o tempo for prorrogado para mais uma semana.
A polêmica entre Furb e UFSC se estende desde o final do ano passado. Em dezembro, a UFSC protocolou no MEC uma proposta de incorporação da Furb a qual previa que as vagas gratuitas fossem oferecidas apenas mediante vestibular e não contemplava cessão de patrimônio e nem a cedência de professores e servidores, defendida pela Furb. Este modelo foi rejeitado pela Furb que apresentou uma nova proposta usando o modelo de tutoria, a qual foi rejeitada pel UFSC. Agora, a decisão sobre o melhor modelo de parceria entre as duas universidades está nas mãos do MEC.