Um bolo de 12 quilos, dividido nesta terça-feira (17) entre os participantes do acampamento na Esplanada dos Ministérios, marcou os 60 dias de paralisação dos docentes das Instituições Federais de Ensino (Ife). “Esse bolo simboliza a nossa greve, pois foi com ela que conseguimos arrancar uma proposta do governo. Agora, temos de continuar para avançar”, afirmou a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira.
“O ministro Mercadante disse que era uma greve apressada e que não ia durar. Dois meses depois, estamos com mais de 95% das instituições paradas, o que mostra que não fomos precipitados”, avalia o professor da Unipampa, César Beras, que faz parte do Comando Nacional de Greve (CNG).
Como coordenador do grupo de infraestrutura do CNG, ele foi o responsável por viabilizar o bolo, que tinha sido sugerido pela 1ª secretária do ANDES-SN, Marina Barbosa. Para esta quarta-feira (18), os grupos de infraestrutura e de mobilização do CNG estão organizando a participação dos docentes das Ife na Marcha a Brasília.
“Vamos continuar com todas as formas de mobilização necessárias. A nossa indicação é de que a negociação com o governo deve continuar, assim como a greve”, afirmou Beras.
Logo após a distribuição do bolo, os professores continuaram no acampamento, organizando as atividades desta quarta-feira. Um pequeno grupo se formou para pensar em palavras de ordens a serem ditas na marcha. Uma das sugestões é que se grite “professores na rua também estão ensinando”, ou a já clássica “a greve continua, Dilma a culpa é sua”.