O Ministério do Planejamento se reunirá na tarde desta sexta-feira, 13, com os representantes sindicais dos docentes das instituições federais. O Estadão.edu já havia adiantado que o encontro aconteceria ainda neste mês, conforme desejo do governo.
A greve dos docentes das instituições federais começou no dia 17 de maio com a adesão de entidades filiadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN ). Nesta sexta, a paralisação completa 57 dias, com a adesão de pelo menos 56 das 59 universidades federais são afetadas pela paralisação, além de 36 institutos de educação básica, profissional e tecnológica. Servidores técnico-administrativos e estudantes também estão em greve.
A última reunião entre representantes sindicais e o Ministério do Planejamento aconteceu em 12 de junho, quando o governo pediu 20 dias de trégua aos professores das federais, que negaram o pedido. Na ocasião, foi também marcado um novo encontro para o dia 19 do mesmo mês. Este, no entanto, foi adiado sem qualquer justificativa.
A principal reivindicação do movimento grevista é a reestruturação da carreira docente e, justamente por esta razão, as negociações são feitas com o Planejamento. Pela proposta do governo, rejeitada pelos professores, eles precisariam passar por 16 níveis para chegar ao topo da carreira e ainda prestar um novo concurso para ser tornar titular. A Andes, por sua vez, pede que o plano de carreira tenha 13 níveis, sendo que, para chegar a titular, o professor não necessitaria de novo concurso. O salário inicial, além disso, seria algo entre R$ 7 e 8 mil.