Goiás, Mato Grosso do Sul e Maranhão ampliam greve da base da Condsef

Mais de mil servidores em greve na capital federal fazem ato em frente ao Palacio do Planalto nesta quinta, 21 (Foto: Jane Franco / Sindsep-DF)Em uma quinta-feira de quatro reuniões (Tecnologia Militar, AGU, Dnit, FNDE e Inep) no Ministério do Planejamento ainda sem avanços e sem apresentação de propostas concretas aos servidores, três estados confirmaram paralisação de setores da base da Condsef ampliando o cenário da greve dos federais. Goiás, Mato Grosso do Sul e Maranhão se juntam a Pará, Sergipe, Amapá, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal na paralisação por tempo indeterminado. A greve da base da Condsef já atinge os seguintes setores: Funasa, Incra, Agricultura, Arquivo Nacional, Saúde, Desenvolvimento Agrário, Justiça, Trabalho e Emprego e Previdência Social. Nesta quinta os servidores da sede da Funai em Brasília também aprovaram a adesão ao movimento. Servidores da Agricultura e HFA no DF também confirmaram paralisação a partir de segunda, 25. Hoje na capital federal cerca de mil trabalhadores públicos em greve realizaram manifesto em frente ao Palácio do Planalto. Representantes da Condsef e Sindsep-DF foram recebidos pela Secretaria Especial da Presidência.

As entidades relataram as dificuldades enfrentadas no processo de negociações no Ministério do Planejamento. Desde janeiro os servidores lutam para que alguma proposta concreta seja apresentada às reivindicações já protocoladas junto ao governo. A expectativa é de que o ministro Gilberto Carvalho interceda junto a ministra Miriam Belchior na tentativa de destravar as negociações e buscar uma solução para os conflitos instalados em diversas categorias e que estão se espalhando pelo Brasil. Na próxima semana uma série de assembleias está confirmada e a greve – que teve início com os professores há mais de um mês e atinge ainda técnicos administrativos das universidades e institutos de educação – deve se ampliar.

Acampamento da greve geral – Na próxima terça, 26, a Condsef discute com outras entidades nacionais com base em greve a realização de um acampamento na Esplanada dos Ministérios na primeira semana de julho. O objetivo é promover uma vigília que consiga obter avanços no Planejamento e apresentação de alguma proposta concreta aos setores mobilizados. Na quarta, 27, a Condsef realiza uma reunião do seu Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) onde deve organizar a instalação do Comando Nacional de Greve de sua base e reforçar a necessidade de suas entidades filiadas ampliarem e fortalecerem a greve nos estados. “A situação dos servidores está grave. Para mudar esse cenário, só a greve”, alerta o diretor da Confederação, Sérgio Ronaldo da Silva. Sérgio participou da manifestação de hoje em frente ao Palácio do Planalto e esteve nas reuniões desta quarta que não trouxeram qualquer novidade ao cenário de negociação dos servidores.