Além dos técnicos administrativos e professores das universidades federais, os professores dos institutos federais de educação profissional também estão em greve. A paralisação da categoria, que começou na semana passada, tem a adesão de profissionais de pelo menos 20 instituições, de acordo com balanço divulgado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
Entre as revindicações do comando de greve estão a reestruturação da carreira, a criação de um piso para os professores de R$ 2,4 mil e a promoção imediata de concurso público para substituir servidores aposentados e acompanhar a expansão da rede federal de educação profissional.
Nas universidade federais, a greve completou um mês e tem adesão de professores de 55 instituições, segundo a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes). Uma reunião entre o governo e o comando de greve estava marcada para hoje (19), mas foi adiada pelo Ministério do Planejamento, possivelmente para a próxima semana.
A principal reivindicação dos professores das universidades federais é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu reajuste salarial de 4%, incorporação de parte das gratificações e revisão do plano em 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira.
O Ministério da Educação (MEC) informou que já tem uma proposta para apresentar aos grevistas, baseada na carreira dos servidores do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O novo modelo prioriza a dedicação exclusiva e titulação do profissional. Todavia, de acordo com o MEC, as reunião de negociação são de responsabilidade do Ministério do Planejamento.