Cerca de 270 professores deflagraram oficialmente a greve na UFMG por tempo indeterminado. Em Assembleia realizada, hoje, no auditório da Reitoria, a categoria ratificou a decisão tomada no dia 12 de junho de 2012. A paralisação das atividades acadêmicas atingirá os campi BH e Montes Claros. Com a decisão os docentes da UFMG passam a integrar o movimento nacional de greve inciado em 17 de maio de 2012.
A pauta de reivindicações da categoria inclui a reestruturação da carreira com recomposição salarial, reenquadramento dos docentes aposentados na carreira, paridade entre ativos e aposentados, equiparação salarial entre as carreiras do Magistério Superior (MS) e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e melhorias das condições objetivas de trabalho. Como resultado da assembleia, instaurou-se o comando de greve da UFMG e indicados os representantes docentes que se integrarão ao comando nacional de greve.
A paralisação na UFMG representa uma resposta à falta de negociação do governo federal que ontem suspendeu unilateralmente a reunião que seria realizada hoje, 19/06/2012, para apresentação de uma proposta de carreira. Desde 2009 os docentes vêm negociando com o governo. O acordo assinado em 2011 possibilitou a incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (GEMAS) e Gratificação Específica de Atividade Docente do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (GEDBT) ao vencimento básico (VB) e um aumento de 4%, a partir de 1º de março de 2012, com prazo final em 31 de março de 2012. Previa-se também a criação de um grupo de trabalho (GT) para discutir a carreira. Entretanto, as reuniões do GT não avançaram e uma proposta de reestruturação da carreira com recomposição salarial não foi apresentada.
No dia 22 de junho haverá uma nova assembleia dos professores da UFMG às 09 horas da manhã, no auditório 1001 da Escola de Engenharia da UFMG, para discussão dos encaminhamentos da greve.