Diante do crescente e significativo movimento de adesão à greve em todo o país, dos professores federais, a Diretoria da Apufsc-Sindical, única e legítima representante sindical dos professores das Universidades Federais de Santa Catarina, faz os seguintes esclarecimentos aos seus associados.
A questão dos nossos baixos salários, que está na origem da ampla adesão ao movimento nacional de greve nas Instituições Federais de Ensino, e a questão da carreira são temas que dizem respeito a todos os docentes, independentemente de sua filiação sindical.
Desta forma, a Diretoria da Apufsc-Sindical é solidária com os Servidores Técnicos e Administrativos da Educação, que têm o nosso apoio em seu movimento de greve, considerando a discriminação salarial que estes colegas vêm sofrendo diante de outras carreiras do Serviço Público Federal e a sua importância para a universidade.
Como uma instância executiva do Sindicato, a Diretoria está procurando manter os professores informados, através de seu site e boletins e estimulando discussões para que possamos decidir, com maturidade, uma eventual adesão à greve nacional, considerando a gravidade desta decisão e as suas implicações para a própria categoria, para os estudantes e para a sociedade.
Em nossos estatutos, as deliberações de greve se dão em assembleias estatutárias de dois dias, o segundo dia sendo destinado à votação em urnas espalhadas pelos campi, possibilitando que toda a categoria possa se manifestar numa questão que exige a participação de todos. Essa assembleia de dois dias será precedida de uma assembleia presencial para a decisão de um indicativo favorável ou não à greve, que ocorrerá no dia 14 de junho no auditório do Centro de Comunicação e Expressão. A assembleia de dois dias só ocorrerá se houver um indicativo favorável à greve no dia 14.
A Diretoria da Apufsc-Sindical considera que vivemos um momento importante em nosso país, que exige uma deliberação dos associados, mas que também precisamos levar em conta que não é sua a pauta da greve protocolada junto ao governo, com uma reivindicação específica de malha salarial e com uma proposta de carreira com 13 níveis, sem classes e com interstícios de dois anos. E que é essa a pauta que será negociada em decorrência da greve. Concordamos que os nossos salários estão aviltantemente baixos, mas concordamos com esta pauta?
Por outro lado, a Apufsc não pode ficar omissa ou indiferente e precisa ter uma posição pública sobre a questão da carreira e da malha salarial, atualmente em um processo de negociação retomado pelo governo.
Desse modo, estamos procurando estimular a discussão dessas questões entre os professores nas unidades de ensino em reuniões que foram programadas para os dias 11, 12 e 13 e esperamos que o resultado destas discussões levadas à assembleia no dia 14 consolide uma posição madura da entidade, favorável ou não ao indicativo. Da mesma forma, a Diretoria conta com uma participação efetiva dos membros do Conselho de Representantes para o esclarecimento e estímulo à discussão junto aos colegas de departamento.
É uma assembleia de enorme importância para a Apufsc-Sindical e para o nosso conceito de sindicalismo.
Contamos com a participação de todos.