Estudantes protestam na Assembleia Legislativa pela manutenção do pré-vestibular gratuito da UFSC

Estudantes protestam na Assembleia Legislativa pela manutenção do pré-vestibular gratuito da UFSC Charles Guerra/Agencia RBS
Impedidos de entrar na Assembleia, grupo de estudantes se reuniu em frente a porta principal Foto: Charles Guerra / Agencia RBS

Um grupo de aproximadamente 100 estudantes tentou entrar no prédio da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira, em Florianópolis. Impedidos pela Polícia Militar, eles prometeram voltar à tarde. Os manifestantes pedem pela manutenção do Pré-Vestibular gratuito ofertado pela Universidade Federal de SC (UFSC).

Com cartazes, faixas e rostos pintados e gritos de ordem pedindo pela continuidade do investimento público na educação, eles percorreram as ruas do Centro de Florianópolis entre o Instituto Estadual de Educação (IEE), na Avenida Mauro Ramos, e a Assembleia Legislativa de SC, na Rua Doutor Jorge Luz Fontes.

Quando chegaram ao prédio, eles foram impedidos de entrar e o Pelotão de Policiamento Tático (PPT) foi chamado. O deputado estadual Sargento Soares interveio na manifestação.

Em acordo, eles acertaram que parte do grupo voltará à tarde para a Assembleia Legislativa, quando conversará com os deputados estaduais.

Nesse semestre, as aulas já deveriam ter começado em abril, mas os recursos do governo estadual ainda não foram liberados.

O projeto começou a funcionar em 2003 e, desde então, cerca de 21,6 mil estudantes carentes passaram pelo curso oferecido gratuitamente.

Desde 2008 o projeto contava com o apoio da Secretaria de Estado da Educação e atendeu mais de 5 mil alunos exclusivamente de colégios públicos.

— O governo estadual não quer dar continuidade ao projeto de inclusão social dos cursinhos espalhados por SC, que possibilita estudantes sem condições, inclusive econômicas, de ingressar na UFSC. Não podemos garantir nada enquanto não resolvermos essa parceria — lamenta a reitora Roselane, que afirma ter entre suas metas a inclusão de todas as classes sociais.

Uma das prioridades da reitora é dialogar com o governo estadual, que aplicava R$ 3 milhões por ano no projeto. Além do investimento, Roselane observa que a Secretaria de Educação também apoiava com a infraestrutura das escolas para a realização do curso. Em 2011, a ação foi realizada em 29 cidades, com 31 unidades de ensino e mais de 3,1 mil alunos.