Professores fazem paralisação para cobrar cumprimento do piso

Professores de escolas públicas municipais e estaduais prepararam diversas mobilizações entre hoje e a próxima sexta-feira (16) para cobrar o cumprimento do piso nacional do magistério.

Estão previstas atividades em 23 Estados e no Distrito Federal. A paralisação deve ser parcial em algumas redes de ensino. Em outras, os professores promoverão passeatas, assembleias e atos públicos.

Criada em 2008, a lei determina um valor mínimo que deve ser pago a professores com formação de nível médio e jornada de 40 horas semanais. Para 2012 esse valor foi definido em R$ 1.451, mas alguns Estados e municípios pagam menos do que determina a regra.

A CNTE (Confederação Nacional das Trabalhadores em Educação) sugere que durante os três dias as atividades nas escolas sejam suspensas, mas cada sindicato está organizando a mobilização de acordo com a pauta de reivindicação local.

No Distrito Federal, os professores já estão em greve em função das negociações de reajuste salarial com o governo.

Além de cobrar o cumprimento da Lei do Piso, a paralisação nacional também defende o aumento dos investimentos públicos em educação.

A CNTE quer que o PNE (Plano Nacional de Educação), que tramita na Câmara dos Deputados, inclua em seu texto uma meta de investimento mínimo na área, equivalente a 10% do PIB (Produto Interno Bruto), a ser atingida em um prazo de dez anos.

ESTADOS

Reportagem publicada pela Folha no último dia 5 mostra que, mesmo com a medida estabelecida em lei desde 2008, alguns Estados não garantem que vão cumprir o novo piso salarial para os professores, anunciado pelo MEC. Levantamento mostra que ao menos 11 não têm prazo para se adaptar.

Entre os Estados que ainda não sabem se conseguirão se adaptar, o caso mais grave é do Rio Grande do Sul, que tem o menor piso do país: R$ 791. No Piauí, professores iniciaram greve na segunda passada exigindo o piso.