A partir de segunda-feira, servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário em todo o Brasil iniciam uma semana de mobilização e luta em busca de avanços nos processos de negociação com o governo. Nos estados vão acontecer assembleias que discutem a situação da categoria e a necessidade de se iniciar uma paralisação por tempo indeterminado a partir de abril. Entre terça e quinta as entidades que compõem o fórum nacional em defesa dos servidores e serviços públicos realizam um trabalho de força tarefa no Senado. O objetivo é buscar apoio para aprovação da aposentadoria integral para servidores afastados por invalidez permanente e também para a derrubada do PL 1992/07 que no Senado recebeu o nome de PLC 02/12. O projeto prevê a privatização da previdência no setor público. As entidades orientam que o mesmo trabalho de convencimento ocorra nos estados de origem dos senadores. Na quinta, 15, em todo o Brasil ocorre um Dia Nacional de Lutas com atividades para chamar atenção do governo e buscar apoio da sociedade na luta por serviços públicos de qualidade.
Os servidores querem o atendimento de sete reivindicações centrais que compõem a Campanha Salarial 2012. Na pauta está a criação de uma política salarial permanente para o setor público, reajuste de benefícios como o auxílio-alimentação, entre outros. E no dia 28 deste mês a categoria realiza uma grande marcha a Brasília. A expectativa é reunir cerca de 20 mil servidores de todo o Brasil na busca por avanços nos processos de negociação com o governo.
Greve geral – Diante da completa falta de avanços nos processos de negociação, a paralisação de atividades dos servidores por tempo indeterminado não está descartada. Cada uma das 30 entidades que participam da Campanha Salarial 201 vai discutir com sua base a paralisação de atividades. A base da Condsef, que congrega 80% dos servidores do Executivo Federal, realiza uma Plenária Estatutária de onde sairá uma decisão a respeito da greve. Para a entidade, caso o governo não encare com seriedade o processo de negociações com os servidores, o caminho natural da luta da categoria pelo atendimento de suas reivindicações será o da paralisação.