Elas vão comandar a UFSC nos próximos quatro anos

A maior e principal instituições pública de ensino superior de Santa Catarina será comandada, pela primeira vez na história, por uma mulher. A professora Roselane Neckel foi eleita, no dia 30 de novembro, reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ela conseguiu índice de 0,5247. O candidato Carlos Alberto Justo da Silva, o Paraná, que disputava o segundo turno com a professora, atingiu índice de 0,4753.

Compareceram às urnas 13.549 eleitores, num universo de 37.666 eleitores aptos a votar, ou seja, 35,97% de comparecimento. Roselane abriu ampla vantagem entre os alunos e, mesmo ganhando entre os professores e técnico-administrativos, Paraná não conseguiu reverter à diferença.

Agora, o resultado será levado ao Conselho Universitário (CUn) para a composição da lista tríplice. O ato de nomeação é  prerrogativa da presidência da República.

Ao seu lado, Roselane terá a companhia de outra mulher. A vice-reitora será a professora Lúcia Helena Pacheco. Em entrevista ao Diário Catarinense logo após a divulgação do resultado, Roselane disse que fará “uma reorganização da gestão administrativa interna da UFSC, uma reorganização que possibilite aos professores, estudantes e técnico-administrativos melhor qualidade de trabalho e a utilização da universidade para beneficiar a sociedade”.

Roselane Neckel foi aluna do Colégio de Aplicação da UFSC, é licenciada em História pela UFSC, com mestrado e doutorado em História do Brasil pela PUC/SP. Professora do Departamento de História desde 1996, com ênfase no ensino e na pesquisa relacionada à História da Educação e a linha de pesquisa do Programa de Pós-graduação em História- Relações de Poder e Subjetividades. Em 2004, foi eleita Vice-diretora do CFH e, em 2008, Diretora.

A vice-reitora eleita, Lucia Helena Martins Pacheco, também foi aluna do Colégio de Aplicação, é professora do Departamento de Informática e Estatística, com graduação em Engenharia Elétrica pelo CTC/UFSC e em Psicologia no CFH/UFSC. Possui doutorado em Engenharia de Produção, sendo um ano dele na Universidade da Flórida. É, desde 2008, Diretora Técnica da FEESC e atuou durante quatro anos como chefe de departamento no CTC.

A posse acontecerá em maio de 2012.

 

Principais propostas defendidas durante a campanha eleitoral

– Realizar fórum para debater e propor uma política de gestão de pessoas, com a finalidade de aperfeiçoar a atuação dos profissionais, incentivando seu comprometimento institucional

– Definir uma política de gestão de planejamento e de dimensionamento de servidores docentes e técnico-administrativos, alinhada com o planejamento institucional

– Implantar programas de gestão de pessoas vinculadas a metas institucionais definidas no planejamento estratégico, que incluam ingresso, recepção e socialização, avaliação de desempenho, dimensionamento, levantamento de necessidades de capacitação e desenvolvimento profissional

– Estabelecer política e critérios para a mobilidade interna de servidores, oportunizando novas experiências profissionais e uma visão sistêmica da instituição

– Proposição de critérios de natureza técnico profissional para o preenchimento de cargos gerenciais

– Estabelecer uma política de diálogo contínuo com servidores docentes e técnico-administrativos

– Profissionalizar a gestão universitária com a finalidade de reduzir a burocracia e mapear e otimizar processos administrativos

– Desenvolver soluções jurídicas para as diferentes questões que dificultam a gestão acadêmica e administrativa

– Desenvolver e implementar políticas de captação de recursos públicos e privados para o ensino, a pesquisa e a extensão

– Otimizar a alocação de recursos orçamentários globais, segundo as prioridades institucionais, com visibilidade e transparência

– Atualizar as tecnologias de informação (hardware e software) em uso, através do alinhamento dos bancos de dados existentes, possibilitando melhoria de tomadas de decisão acadêmica, administrativa e financeira e a melhoria no fluxo de informação

– Elaborar o novo plano diretor físico dos câmpus

– Implantar a política de responsabilidade e sustentabilidade ambiental

– Fortalecer o debate sobre segurança nos câmpus e em seu entorno com a constituição de estratégias de ação