Recém-formados em medicina que trabalharem em municípios em situação de extrema pobreza ou na periferia das grandes cidades vão ganhar até 20% de pontos extras na nota final das provas de residência. Essa é mais uma estratégia do governo federal para atrair os médicos para regiões do país onde há carência de profissionais da área de saúde.
O bônus faz parte do Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica, elaborado pelos ministérios da Saúde e da Educação. A partir de fevereiro de 2012, serão abertas 2 mil vagas no programa. Para receber 20% de pontos extras, o residente precisa ficar dois anos no programa. Quem trabalhar por um ano, terá direito à metade dos bônus. Os pontos extras já valerão para os exames aplicados em novembro de 2012.
Até o final do ano, sairá a lista com os municípios participantes do programa. O Conselho Nacional de Residência Médica vai divulgar os índices de pontuação.
Os recém-formados serão acompanhados por um tutor de uma instituição de ensino. Eles terão assistência dos núcleos do programa Telessaúde, que oferece educação na área de saúde a distância.
Na semana passada, o Ministério da Saúde divulgou a lista dos mais de 2 mil municípios pobres em que médicos que tiveram a faculdade custeada por meio do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) poderão trabalhar para abater a dívida.