Estudantes da Universidade federal de Santa Catarina (UFSC) reuniram-se a partir de 12h desta quinta-feira para discutir sobre os oito dias de vigília na reitoria, em Florianópolis. Durante a assembleia, cerca de 500 alunos decidiram, por votação, ocupar a reitoria por tempo indeterminado. O resultado da votação foi apertado, com cerca de 20 votos de diferença. Eles fecharam o prédio por volta de 14h30min, impedindo a entrada e saída do local.
Entre as reivindicações dos alunos estão a melhoria nas condições estruturais da universidaded+ agilidade nas negociações entre o governo federal e servidores grevistas para pôr fim à paralisaçãod+ e aumento do valor da bolsa permanência dos estudantes de R$364 para R$470.
— Decidimos fazer ocupar a reitoria até que o reitor se pronuncie sobre todas as nossas reividicaçõesd+ a principal delas agora é o reajuste da bolsa permanente, sobre a qual o reitor ainda não se posicionou — afirmou o coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Diógenes Moura.
Na segunda-feira, o reitor Álvaro Prata entregou ao DCE um ofício em resposta aos questionamentos dos alunos. No documento, a administração central da UFSC atendeu a uma das reivindicações dos estudantes declarando que não haverá mais redução de vagas no curso de Ciências Econômicas no próximo vestibular.
No ofício, a administração da universidade afirmou ainda que apóia as reivindicações dos técnico-administrativos e que o reitor tem feito esforços para que sejam retomadas as negociações com o governo federal. Sobre a reforma do Restaurante Universitário (RU), o ofício aponta que a conclusão está prevista para o mês de outubro.
Os protestos dos estudantes iniciaram no dia 17, quando 600 alunos reuniram-se na reitoria e começaram a fazer vigília no local.