Governo x servidores
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e as entidades sindicais que representam os servidores públicos federais voltaram a se reunir na segunda-feira (11) para mais uma rodada de negociações sobre pauta de reivindicações da categoria para este ano.
O encontro frustrou os servidores, já que nenhuma contraproposta foi apresentada pelo secretário de Recursos Humanos do MPOC, Duvanier Paiva Ferreira, como estava sendo esperado pela categoria. Participaram da reunião representantes de 30 entidades sindicais do país.
A reunião começou com Duvanier f a lando especificamente sobre a reinvindicação de que a reposição emergencial para todos os servidores públicos federais fossem contemplada ainda em 2011 com um índice geral resultante da soma do INPC, mais a variação anual do PIB, ou seja, 5,57% mais 7,5%, sem prejuízo das correções de distorções e carreiras que estão em negociação.
O secretário disse que o impacto no orçamento do país, ao atender essas reivindicações será de R$ 19 bilhões por ano, sem contar com os processos de negociações anteriores, que poderão chegar a R$ 50 bilhões por ano. Ele afirmou que o governo não dispõe dos recursos necessários para atendê-los e, por isso, quer mais tempo para avaliar as pautas gerais e específicas da categoria.
A preocupação dos servidores é que a morosidade do governo poderá impedir que um possível projeto de reajuste seja encaminhado ao Congresso Nacional a tempo de ser colocado no Orçamento da União para 2012. A data limite é 31 de agosto.
Governo x professores
A segunda reunião entre os professores das universidades federais e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para tratar da pauta específica da categoria, que aconteceu na segunda-feira (11), não avançou. Isto porque o Governo não apresentou uma contraposta às reivindicações apresentadas pelos docentes na reunião do dia 22 de junho.
O secretário de Recursos Humanos do MPOG, Duvanier Ferreira justificou a posição do Governo, afirmando que ainda precisa quantificar o total de gastos que o Executivo terá para atender aos servidores para então apresentar uma contraproposta. “Vamos avaliar o espaço de consenso possível, porque temos um curto espaço de tempo, já que o projeto de lei do Orçamento de 2012 tem que ser fechado até 31 de agosto e o debate sobre a carreira pode ser mais longo. Depois nós poderemos continuar discutindo o assunto, mas se queremos ganhos para 2012, teremos apenas este prazo. O que tiver consenso a gente resolve já. O que não tiver, continuará em discussão na mesa”, disse ele. A próxima reunião está agendada para o dia dois de agosto.
O MPOG se comprometeu em repassar aos professores a proposta de carreira oficial do Governo.
Leia o relato do Andes sobre a reunião em: www.apufsc.ufsc.br/noticias/1909