A greve dos técnicos administrativos das universidades federais já completou 23 dias e ainda não foi reaberta a negociação da categoria com o Ministério do Planejamento. De acordo com a coordenadora-geral da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Léia Oliveira, a expectativa é que esta semana a pasta responda ao pedido de agendamento de uma nova audiência.
Funcionários de 45 universidades federais já aderiram à paralisação. A categoria pede que o piso salarial seja reajustado em pelo menos três salários mínimos. Segundo a Fasubra, o vencimento desses servidores atualmente é R$ 1.034. A entidade já tinha iniciado as negociações com o Ministério do Planejamento, mas as conversas foram interrompidas com a deflagração da greve.
Como ainda não houve avanço nas negociações, o temor das universidades é que a greve se estenda e prejudique o início do próximo semestre letivo. Apesar de os técnicos não terem ligação direta com a sala de aula, a paralisação afeta a prestação de serviços administrativos como o processo das matrículas.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, já se reuniu com o comando de greve e está trabalhando na interlocução com o Ministério do Planejamento. Segundo ele, a ideia é aproveitar o período de recesso para resolver o problema e assim não comprometer o calendário do próximo semestre.