A semana começa com expectativa em relação à greve dos professores, que querem a implementação do piso nacional. Um dos atos mais importantes pode acontecer amanhã, quando há a possibilidade de que os deputados avaliem se aceitam ou não a Medida Provisória (MP) enviada pelo governo.
A MP definiu o reajuste na folha salarial dos 66 mil professores. Mas os grevistas não concordam com a medida. Uma das alegações é de que ela vai alterar o plano de carreira.
Ao assinar a MP, o governo Raimundo Colombo rodou a folha de pagamento com descontos para os grevistas. Mas disse que, caso os professores voltem às aulas no início desta semana, é possível fazer uma folha complementar.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) diz que a categoria permanece mobilizada e que quer o retorno das negociações. Ontem, por meio da assessoria, o governo disse que mantém a posição de voltar ao diálogo só com o fim da greve.
O comando de greve dos professores não foi encontrado pelo DC.
Completando 41 dias de paralisação, é na Assembleia Legislativa que a discussão deve pegar fogo. Hoje há uma reunião entre o presidente da casa, Gelson Merisio, os líderes dos partidos e outros deputados.
Outra expectativa é pela votação, amanhã, da chamada admissibilidade da MP – quando a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) define se a medida atende ou não aos requisitos formais. Os deputados temem poder herdar um desgaste que está com o Centro Administrativo. O relator da MP, Elizeu Mattos (PMDB) não atendeu às ligações da reportagem.