A paralisação dos técnicos administrativos já chegou a 45 universidades federais desde que a greve da categoria foi deflagrada há uma semana. De acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra), ainda não há um levantamento sobre o percentual de servidores parados em cada IFES.
A federação pede que o piso da categoria seja reajustado para pelo menos três salários mínimos. De acordo com a coordenadora-geral da entidade, Léia Oliveira, hoje os servidores recebem de piso R$ 1.034. Uma das reivindicações é que a próxima Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) já traga a pevisão do reajuste.
As negociações com o Ministério do Planejamento foram suspensas desde a deflagração da greve e, de acordo com a instituição, não há previsão de nova reunião para discutir a pauta de reivindicações. O risco, no caso de uma greve prolongada, é que o início do próximo semestre fique comprometido, já que não há como processar as matrículas se as áreas administrativas estiverem fechadas.
Na UFSC, a Biblioteca Central e o Restaurante Universitário estão fechados devido à paralisação. Em reunião realizada na terça-feira (14), o Conselho Universitário colocou em pauta a greve dos servidores técnico-administrativos e emitiu nota padrão dizendo que “com a deflagração da greve dos Servidores Técnicos e Administrativos das Universidades Federais, o Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina reconhece como legítimas as reivindicações apresentadas e afirma a imperiosa necessidade de que as negociações entre o Governo Federal e o movimento dos servidores sejam conduzidas com a urgência requerida”.