A greve dos servidores técnicos e administrativos de universidades públicas, iniciada na segunda-feira, já conta com a adesão de 24 instituições federais, de acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra). As últimas adesões foram na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federa da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Universidade Federal de Viçosa (UFV).
A paralisação foi aprovada no último fim de semana em uma votação apertada durante plenária nacional da categoria, em Brasília. A federação pede que o piso da categoria seja reajustado em pelo menos três salários mínimos. De acordo com a coordenadora-geral da entidade, Léia Oliveira, hoje o vencimento desses servidores é R$ 1.034.
O comando de greve ainda não tem um levantamento do percentual de servidores que aderiram ao movimento. De acordo com Léia, as atividades consideradas “essenciais” não serão interrompidas, como as pesquisas e o atendimento nos hospitais universitários. “Mas as áreas administrativas estão fechadas. De certa forma, os estudantes foram prejudicados porque fechamos os restaurantes universitários e as bibliotecas.”
Desde que a greve foi declarada ainda não houve nova reunião com o Ministério do Planejamento para que as negociações sejam retomadas. O risco, no caso de uma greve prolongada, é que o início do próximo semestre fique comprometido, já que não há como processar as matrículas se as áreas administrativas estiverem fechadas. “Por isso, esperamos que essa negociação seja rápida. Hoje, conversamos com os reitores para que eles nos ajudem nessa intermediação com o governo”, disse Léia.