Atividade realizada pela Internacional da Educação para América Latina (IEAL) teve início na terça-feira (06) em Buenos Aires e reúne representantes dos sindicatos afiliados à CNTE, demais sindicatos da América Latina, e lideranças sindicais da Bélgica, Espanha, Estados Unidos e Noruega, para debater a defesa da educação pública.
Além de proporcionar uma avaliação sobre os resultados obtidos com a I Conferência Mundial de Mulheres da Internacional da Educação na Tailândia, o evento traz à tona outros temas importantes à causa da educação.
Entre os principais temas debatidos durante o primeiro dia de evento, estão assuntos como os direitos sexuais e reprodutivos, e a discussão sobre como e por que o tema deve ser trazido nas entidades sindicais. Como palestrantes para esse painel foram convidadas representantes da Campanha pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro na Argentina.
Como não poderia faltar na programação do evento, no período da tarde, os países sul-
americanos representados (Paraguai, Uruguai, Brasil, Chile e Argentina), trouxeram uma atualização sobre seu cenário sociopolítico, visando inserir todas as reflexões e resoluções numa conjuntura regional.
Durante suas palavras de saudação na abertura do evento, a Secretária de Relações Internacionais da CNTE e vice-presidente da IEAL, professora Fátima Silva, fez questão de valorizar essa conferência como uma grande oportunidade de compartilhar experiências e, especialmente, construir e fortalecer laços de solidariedade entre os participantes.
Estendeu um agradecimento especial às lideranças sindicais da IE-Bélgica na pessoa da Sra. Jan Eastman, da FETE-Espanha na pessoa da Sra. Carmen Vieites, da NEA-Estados na pessoa da Sra.Alicia Bata e da UEN-Noruega na pessoa da Sra. Lajla Blom. Mencionou ainda a alegria de viver num país governado por uma mulher, ao mesmo tempo que comemorou que o país anfitrião também viva essa realidade.
Desafios – Fazendo referência ao poema de Violeta Parra, imortalizado na canção da artista e militante das causas sociais Mercedes Sosa, passou a dar “Gracias a La Vida” elencando diversas conquistas que devem ser celebradas pela sociedade, em especial pelas mulheres da América Latina, mas chamando a atenção para os grandes desafios que estão diante de nós. “Essa rede que formamos tem aspectos muito positivos. Crescemos juntos, nos corrigimos mutuamente, mas devemos ainda crescer na intervenção e ocupação de nossos espaços.
A melhoria de nossa comunicação é um desafio permanente. Esse trabalho de rede tem que ser conhecido e popularizado junto a nossas bases, nos nossos sindicatos e afiliados. Os trabalhadores das escolas que representamos tem que saber que existe uma rede de mulheres latino-americanas articuladas, trabalhando neste continente. É para frente que se caminha e vamos continuar avançando”, concluiu.
A presidente mundial da IE – Internacional da Educação, Sra. Susan Hopgood, que prestigia a Conferência, manifestou sua satisfação com o trabalho que vem sendo realizado pelo capítulo latino americano da entidade e pela Rede de Mulheres.
A Rede – A Rede de Mulheres Trabalhadores em Educação da América Latina é uma iniciativa da IE – Internacional da Educação que, irmanada com a CNTE e demais entidades afiliadas, trabalha pela igualdade de oportunidades com a perspectiva de gênero a partir da ação sindical dos professores na América Latina.