Servidores públicos federais de todo o Brasil voltarão a ocupar as ruas de Brasília para pressionar o Governo a dialogar com as correspondentes entidades representativas, seja em relação à recomposição dos salários frente à inflação, seja em relação às negociações de Carreira pendentes, dentre outros temas.
Apesar da insistência das diversas entidades, dentre as quais o PROIFES, o Ministério do Planejamento não agendou, até o momento, nenhuma audiência. A manifestação foi marcada para o dia 13 de abril. A expectativa é de que a ação reúna mais trabalhadores do que a manifestação realizada em fevereiro deste ano, à qual se fizeram presentes cerca de 10 mil manifestantes. A marcha do dia 13 de abril foi aprovada por unanimidade pelas 25 entidades que compõem o Fórum Nacional de Servidores Públicos Federais.
Além da marcha, os servidores públicos federais protocolarão, no próprio dia 13 de abril, documento em que solicitam audiência com a Casa Civil, ao mesmo tempo em que registram a falta de disposição do Ministério do Planejamento para negociar.
Será também protocolado novo pedido de audiência com o MPOG. Haverá concentração dos manifestantes e vigília em frente ao Ministério do Planejamento. “Da forma que está, infelizmente, acho que a gente não fica lá (em frente ao MPOG) só dia 13”, avaliou Pedro Armengol, diretor executivo e coordenador do Setor Público da CUT.
O vice-presidente do Proifes, Eduardo Rolim, lembrou que as solicitações feitas desde janeiro deste ano para retomada do processo de negociação não foram atendidas até o momento e que é inaceitável que essa atitude do Governo continue se repetindo. “A ministra (Miriam Belchior) tem que receber as entidades representativas, como o ministro Paulo Bernardo fazia anteriormente”, disse ele.
Ainda segundo Eduardo Rolim, as negociações estão emperradas desde o início do atual Governo, sob a alegação de reestruturação do MPOG. “Não é possível que o tempo passe, passe, e o MPOG fique apenas resolvendo problemas internos, sem retomar a interlocução conosco”, disse ele.
Ao mesmo tempo, conforme informado ao PROIFES pelo deputado Cláudio Puty (PT/PA), presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, parece haver disposição do Governo e respectiva bancada aliada de inviabilizar o PLP 549.
Entretanto, de acordo com Pedro Armengol (CUT), o mesmo deputado afirmou que há resistência do Governo em descartar o PLP 92, que propõe a criação de Fundações Estatais de Direito Privado, e a MP 520, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). De acordo com Armengol, ao tocar nessas matérias, as palavras de Puty foram: “vamos precisar conversar mais, pois a orientação é aprová-las.