Mesmo com as condições atrativas de países como EUA e da Europa Ocidental, há quem prefira ser cientista na sua terra natal. Entre esses pesquisadores está a cientista da computação Juliana Salles, da Microsoft Research.
A mineira formada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) hoje faz pesquisas em solo brasileiro, depois de quatro anos nos EUA.
A possibilidade veio com um convênio firmado entre a Microsoft e a Fapesp em 2006, para desenvolvimento de sistemas computacionais com foco em clima.
“É claro que a gente sempre tem vontade de voltar para o país de origem, né?”, disse Salles à Folha.
Mas o motivo maior do retorno teve razões pessoais: seu marido teve dificuldades com o visto americano.
“O país viveu uma diáspora por causa de recessão, instabilidade, falta de recursos”, analisa Mercadante, ao falar dos nossos cientistas em terras estrangeiras.
O ministro afirmou que pretende criar um comitê para mapear esses profissionais e estudar políticas de incentivo para trazê-los de volta. Foi o que fizeram a Índia, com o “Ministério dos Indianos do Exterior”, e a China, em programa para levar seus cientistas de volta ao país (sob regime autoritário, claro).
O ministro também disse que pretende “aproveitar” a crise econômica que afeta alguns países desenvolvidos para atrair ao Brasil técnicos e cientistas estrangeiros.