O número de concluintes de cursos superiores destinados à formação de professores como Letras, Matemática, Química e Física caiu 12,4% entre 2005 e 2008. É o que aponta o levantamento feito pelos últimos censos escolares do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministérioda Educação (MEC).
Em 2005, 77.749 estudantes se formaram nestes cursos, número que caiu para 68.128 em 2008, ano no qual 817 alunos concluírem cursos de “formação de professores em Português”, enquanto 85 mil se graduaram em direito e 103 em Administração.
Outro levantamento, feito pela Fundação Carlos Chagas, diz que 70% dos alunos que entram em cursos de licenciatura desistem no caminho e não completam sua formação. Isso se reflete na falta de professores para os ensinos fundamental e médico, problema que tem se agravado nos últimos anos. O déficit de professores nos ensinos fundamental e médio já chega a 246 mil, com um quadro mais crítico em Física, Química, Matemática e Biologia.
A sobrecarga aumentou para os profissionais que trabalham com estudantes da 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Segundo o Inep, em 2009, 753 mil professores das redes pública e privada ministravam aulas para cinco ou mais turmas na educação básica e cerca de 72 mil lecionaavam para 10 ou mais classes.
Um dos principais problemas para atrair mais gente para o magistério são os baixos salários pagos aos profissionais do setor. O piso nacional, aprovado recentemente, é de cerca de R$ 1.100 reais para 40 horas por semana. Mesmo sasim, o valor está sendo contestado no Supremo Tribunal Federal e não é pago por vários governos estaduais.