Com o adiamento da inauguração do campus de Curitibanos em função do mau tempo na região, o ministro da Educação, Fernando Haddad, aproveitou para fazer uma visita de cortesia à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, onde foi recebido pelo reitor Alvaro Toubes Prata. Haddad conheceu de perto obras de infraestrutura que somam mais de 54 mil metros quadrados só no campus da Trindade. “Estamos assegurando os investimentos necessários para melhorar cada vez mais o ensino, a extensão e a pesquisa na Universidade”, assinalou. O ministro confirmou presença em Curitibanos na nova data de inauguração do campus a ser definida em breve.
Fernando Haddad sublinhou que o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) deixou de ser uma promessa para ser uma realidade. “A evolução, em dois anos, foi espetacular. São mais de 3,5 milhões de metros quadrados de área construída em todas as Instituições Federais de Ensino Superior do País”. Ainda sobre os avanços nesta área, lembrou que 12 novas universidades federais já estão funcionando, outra foi aprovada e uma encontra-se em tramitação no Senado.
O ministro cumprimentou a UFSC por estar organizando no momento o maior concurso público para o magistério superior da sua história de 50 anos. A Instituição está abrindo 209 vagas, suprindo as necessidades do campus de Florianópolis e dos três campi criados no interior (Curitibanos, Joinville e Araranguá).
Haddad destacou a preocupação do atual governo com a expansão e a qualidade do ensino em todos os níveis. “Os processos de avaliação têm buscado, por exemplo, a excelência das instituições”. Citou o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) como “instrumento fantástico para a sociedade poder acompanhar o desempenho de toda rede de educação superior, tanto pública quanto privada”.
Além da prioridade dada às Federais, o MEC promete uma atenção especial para as universidades estaduais, procurando, ao mesmo tempo, enquadrar as instituições particulares nos requisitos exigidos para atingir “status de Universidade” (possuir pelo menos três mestrados). Acrescentou que as instituições precisam cumprir a Constituição, respeitando o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Alertado pelo reitor da UFSC, Alvaro Prata, o ministro Fernando Haddad enfatizou o esforço do MEC em relação à educação básica. “Está em andamento uma espécie de Reuni com os Estados e as Prefeituras através de um Plano de Ações Articuladas, plurianual, via Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)”. O orçamento do Fundo hoje alcança R$24 bilhões, o que equivale a uma vez e meia o investimento destinado ao conjunto das IFES. O MEC, segundo o ministro, acompanha e auxilia os 5.500 municípios brasileiros.
Ministro e reitor entendem que a Educação precisa “assumir a condição de Política de Estado”, evitando, dessa forma, eventuais retrocessos nas mudanças de dirigentes e governantes.