Por 268 votos a favor, 261 contra e seis abstenções, os professores da UnB decidiram encerrar a greve deflagrada em 9 de março passado. A decisão foi tomada em Assembléia realizada na segunda-feira passada, dia 10.
O pagamento da URP aos docentes foi garantido por liminar expedida pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e a partir do momento que a Advocacia Geral da União (AGU) finalmente acatou a decisão judicial e emitiu parecer determinando que a URP fosse restabelecida nos salários bem como os atrasados fossem pagos, o retorno ao trabalho começou a ser debatido entre os professores.
No dia 7, a continuidade da greve foi aprovada por apenas um voto de diferença, com realização de nova assembléia nesta segunda-feira. A nova AG decidiu então aprovar o fim da greve por sete votos de diferença.
Também no dia 7, o ministro-chefe da Advocacia Geral da União, Luís Inácio Adams, ameaçou pedir a ilegalidade da greve. A ameaça foi feita em reunião da AGU com a reitoria da UnB, a Associação dos Docentes (Adunb) e o Sindicato dos Trabalhadores (Sintfub) que terminou sem acordo para a situação dos técnico-administrativos, que continuam sem a URP.
Os técnicos decidiram manter a greve em assembléia realizada na última terça-feira, dia 11. 600 trabalhadores participaram da AG e houve apenas um voto pelo fim da paralisação.
No mesmo dia, a assessoria jurídica do Sindicato dos Trabalhadores da UnB (Sintfub) impetrou mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), reivindicando isonomia com os docentes e pedindo que a URP seja restabelecida por liminar.