Apesar de não ter qualquer base científica ou lógica, o argumento ad hominem acaba sendo sempre um instrumento irresistível para aqueles que pretendem vencer a qualquer preço um debate intelectual. Em vez de manter seu discurso no nível das idéias expostas na polêmica, quem usa esse argumento trata de personalizar sua crítica atacando determinadas circunstâncias pessoais do seu oponente com o fim de, por este meio, desqualificar suas posições. Em outras palavras, quem usa este recurso confia menos na eficácia da sua dialética intelectual do que na força de sua retórica persecutória.
Retórica que, no caso do autor dos textos “A direitização na UFSC e a função do CFH” e “Considerações sobre o pensamento de esquerda e de direita na UFSC” (publicados no Boletim da Apufsc-Sindical nos. 701 – 23/11/2009 e 704 – 01/03/2010, respectivamente), infelizmente, continua tendo conotações macarthistas, tal como já afirmara na minha nota anterior (publicada no Boletim da Apufsc-Sindical nos. 702 – 30/11/2009). De qualquer forma, quando aparece algum argumento ad hominem num debate intelectual nada mais se pode fazer, pois corre-se o risco de cair no mesmo jogo. Manifesto apenas um mea culpa por ter acreditado que era possível manter um debate com o professor Waldir José Rampinelli.